Porque da desigualdade social

A desigualdade social é um problema recorrente e presente na grande maioria das nações do mundo. Esse problema tem raízes históricas muito antigas que envolviam relações de poder e direitos. As continuidades desses processos desembarcaram no sistema capitalista atual, cuja forma é perfeita para o alastramento das desigualdades.

Desde que os primeiros grupos humanos instituíram as relações de poder, um homem deve obedecer ao outro em troca de alguma coisa. Uma sociedade antiga que vive entorno de um armazém onde são estocados os alimentos para o ano inteiro, devem obediência ao dono do armazém, por exemplo. Nos casos antigos, os donos do armazém eram os grandes governantes.

A linhagem governamental na maioria dos casos era hereditária. Um grupo que se identificava superior ou nobre assumia os negócios imperiais e sobreviviam da coleta de impostos de toda a produção do povo. Esses grupos detinham uma enorme parcela aquisitiva e moravam nos grandes palácios históricos que hoje olhamos com tanto respeito.

Desigualdade visível nas diferentes moradias lado a lado
Desigualdade visível nas diferentes moradias

O poder imperial sempre foi enorme e os que estavam com ele sempre estiveram em patamares elevados da sociedade. A relação de exclusão social era evidente na medida em que complexos residenciais nobres eram distantes de complexos residenciais pobres. A nobreza necessita obrigatoriamente do trabalho e da devoção da grande massam, porém a despreza e explora.

Os reis absolutistas europeus eram o grande exemplo desse modelo político. Eles tudo podiam, estavam até em uniparidade com a igreja católica. A chamada revolução francesa tirou o imenso poder dos reis para que entrasse em cena o liberalismo e os princípios das igualdades entre os participantes uma nação. Trocaram os nobres pelos burgueses.

O liberalismo garantia o livre comércio a obtenção da propriedade privada, ou seja, propriedade de direito inviolável do seu comprador. A desigualdade social continuou nesse sentido, pois a propriedade privada só era de direito de quem tivesse o poder aquisitivo de compra-la. Com os adventos da revolução industrial, ficou ainda mais claro que situação de desigualdade não só continuaria, como se intensificaria.

Os burgueses eram os únicos capazes de investir na construção das fábricas e assim foi. A exploração massiva do trabalho humano a salários precários em condições de vida imensamente desfavoráveis era essencial para o funcionamento da máquina capitalista. Desse modo, a política da obrigatoriedade do trabalho foi implantada a força ao povo inglês, por exemplo.

Enquanto milhares de pessoas eram exploradas nas fábricas, os donos esbanjavam o lucro em luxo de todos as maneiras possíveis. Nem as independências dos países americanos, africanos e asiáticos, nem a implantação de repúblicas dos diversos tipos conseguiram contornar essa situação, mesmo porque essa nunca foi a intenção.

Hoje, vivemos a herança dessa máquina capitalista. A possibilidade de ascensão social de que tanto falam é mínima para a grande maioria da população. A exploração é presente ainda nas fábricas, em lojas, departamentos e em todo tipo de trabalho onde os funcionários são mal remunerados. Ao que parece, as desigualdades continuarão firmes até que o sistema entre em colapso e outro tenha que substituí-lo.

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