Dificuldades de um deficiente físico

Cadeira de rodas

Quase 23% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. As dificuldades de mobilidade e acesso a ambientes públicos são enfrentados juntamente com o preconceito. Os obstáculos afastam cada vez mais pessoas portadoras de alguma necessidade especial tanto no mercado de trabalho como lazer (estádios, cinema, teatro, etc).

Entre as deficiências, a motora é a que atinge maior número de pessoas. Podendo ela ser congênita ou adquirida por acidente. A seguir você verá um simples exemplo da rotina de um cadeirante e os obstáculos a serem superados. Acompanhe!

O caso Paulo (história meramente ilustrativa)

“Paulo é um jovem que tinha uma vida normal assim como tantos outros. Um dia, sofreu um grave acidente automobilístico que quase o levou a morte, mas sobreviveu. Ficou alguns dias internado. Ao acordar percebeu que não conseguia sentir absolutamente nada da cintura para baixo, o médico lhe sentenciara uma paralisia.

Paulo agora só é capaz de se locomover com a ajuda da cadeira de rodas. O jovem lentamente teve que se acostumar com o novo estilo de vida, o que também afetou todos que estavam a sua volta. O cadeirante precisa lidar com diversos obstáculos diariamente e o primeiro deles está na própria residência, que deve de ser adaptada para comporta-lo melhor.

Os portais da sala, cozinha e quarto tiveram que ser alargados para que a cadeira passasse com facilidade. O banheiro também foi personalizado com barras de ferro chumbados na parede para que apoiasse neles durante o banho.

A locomoção também é um fator que dificulta muito a vida dos cadeirantes de todo país. Na cidade em que Paulo reside, as calçadas são mal pavimentadas, cheias de buracos que impedem o seu trafego por ali. Em relação aos meios de transportes, principalmente ônibus, não são adaptados aos portadores de necessidades especiais.

Paulo viu de perto como é difícil utilizar o meio de transporte que não possui estrutura adequada e que praticamente exclui os deficientes físicos, bem como diversas pessoas que simplesmente ignoram um cadeirante, um deficiente visual e auditivo. Falta respeito e cidadania para com o próximo.”

Apesar do caso de Paulo ser apenas fictício, a realidade que ronda os cadeirantes é essa. Pessoas portadoras de necessidades especiais não possuem seus direitos preservados. É preciso informar, com intuito de garantir direitos aos deficientes. O governo e instituições privadas devem fornecer amplo atendimento de qualidade aos portadores em tais condições. Também deve haver maior integração entre os que possuem alguma deficiência com os que não possuem. Só desta maneira é que iremos viver em uma sociedade mais justa.

Cadeira de rodas
Cadeirante (Foto:Reprodução)

Outras deficiências

Se tratando de deficiência física, além da motora, há outras incapacidades que um indivíduo pode adquirir ou ser congênita, sendo elas:

  • Deficiência auditiva
  • Deficiência visual
  • Deficiência intelectual

A desvantagem na falta de um ou outro elemento não deve ser tratada de forma preconceituosa, pelo contrário, mesmo com limitações estas pessoas possuem grande força em ajudar a sociedade a evoluir e merecem ser reconhecidas por isso.

Aparelho auditivo gratuito SUS

Como forma de reduzir as dificuldades de deficientes auditivos, o governo decidiu atender essa porção da população, distribuindo gratuitamente aparelhos para surdez, com a proposta de criar possibilidades de uma melhor qualidade de vida para essas pessoas. Os aparelhos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde – SUS, a partir da triagem e necessidade real de cada indivíduo.

Desde setembro de 2004, a Portaria GM 2.073, do Ministério da Saúde, instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, concedendo a permissão para a entrega de aparelhos auditivos. Além disso é disposto também, atendimentos integrais com ações de prevenção e identificação precoce de problemas auditivos a fim de promover a saúde.

Todos os problemas de audição com níveis de média e alta complexidade, são atendidos, após a realização de um diagnóstico preciso, é feito o tratamento clínico necessário e se for o caso, o paciente pode se reabilitar através de aparelhos para terapia fonoaudiológica e amplificação sonora.

Aparelho auditivo
Segundo o IBGE, no Brasil existem aproximadamente mais de 5 milhões de portadores de deficiência auditiva.

Pessoas portadoras de necessidade auditiva adquirida ou genética e que não possuam renda para abarcar tratamento ou a concessão de aparelho auditivo tem direito a ser atendido pelo SUS e ainda pode realizar exames clínicos básicos ou complexos referentes ao problema.

Porém, para que seja atendido devidamente, o portador da deficiência precisa procurar uma Unidade Básica de Saúde e realizar uma consulta com médico otorrinolaringologista, o qual ir à identificar o grau do problema e possivelmente fará a indicação para o uso de prótese auditiva, juntamente essa indicação, deve ser adquirido uma cópia do exame de audiometria.

Logo após a consulta, o paciente recebe um encaminhamento para uma unidade que esteja credenciado ao programa, realiza os demais exames requeridos para a formulação de um laudo. Com a comprovação real da deficiência é feito então o pedido do aparelho auditivo.

São dispostos dois tipos de aparelhos para a deficiência auditiva – intra-canais e retroauriculares, capazes de aumentar o desempenho de audição dentro do canal auditivo. O programa do Ministério da Saúde oferece ainda todo o acompanhamento dos pacientes, e faz a reposição do aparelho se houver perda auditiva progressiva, e se o aparelho apresentar falhas, ou for objeto de roubo.