Qual a idade para se aposentar no Brasil?

O brasileiro precisará de um pouco mais de paciência para se aposentar por idade. Sempre que ocorre percentuais que elevam a qualidade e a expectativa de vida dos brasileiros, fica um pouco mais longe o sonho de finalmente deleitar a aposentadoria. Segundo recentes pesquisas, tal expectativa hoje é de 74 anos e 6 meses.

Nova revisão sobre expectativa de vida do brasileiro e aposentadoria

Com a nova revisão, estarão aptos ao aposento somente aqueles que estiverem entre 60 anos no caso das mulheres e 65 no caso dos homens. O Fator Previdenciário foi alterado assim que esteve comprovado o aumento de expectativa de vida. Ou em determinados casos, há necessidade de pelo menos 15 anos de contribuição.

Tal benefício é garantido pela Lei 8.213/91. Dentre todos os benefícios previdenciários, a aposentaria por idade ainda é a mais comum no Brasil. Ela visa garantir ao cidadão que mantenha sua vida comum sem precisar trabalhar por isso. Antigamente, tal benefício era conhecido como “aposentadoria por velhice”.

Idosos conversando.
Idosos (Foto: Reprodução)

Em outros casos, esse tempo é reduzido como por exemplo os segurados rurais que podem se aposentar completando 60 anos para os homens, enquanto para as mulheres essa idade é reduzida em 5 anos, 55. Lembrando também que devem ser observadas as carências e a necessidade do cidadão.

Estão inclusos nos quesitos acima todos que estiverem em situações como:

  • Segurado empregado que presta serviço a empresa rural
  • Contribuinte individual que presta serviço rural
  • Trabalhador avulso da região rural
  • Segurado especial – Produtor
  • Segurados garimpeiros

Uma sucessão de documentos devem ser entregues, esses possuem apenas a finalidade de comprovação da atual idade. Dentre a documentação coletada, teremos:

  • Certidão de registro civil de nascimento ou casamento
  • Título declaratório de nacionalidade
  • Documento que comprove o registro civil

Depois disso, é necessário que o interessado faça comprovação do desenvolvimento de sua atividade com documentos como:

  • Caderneta de inscrição pessoal
  • Certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional
  • Contrato de arrendamento
  • Declaração do ministério público
  • Comprovante de cadastro do INCRA
  • Bloco de notas do produtor rural
  • Declaração do sindicato de trabalhadores rurais

É indispensável que o interessado demonstre carência e necessidade.

Quando começo a receber?

Em primeira instância, será necessário que dê entrada a seu pedido de aposentadoria. A data para obtenção do benefício só será marcada após uma especificação direta de alguns pontos, como:

  • Data do desligamento do antigo emprego
  • Data do requerimento

Para obter maiores informações, será necessário se dirigir até uma agência da Previdência Social e procurar informar-se sobre sua situação atual. Se preferir, também é possível obter solução de suas dúvidas através do site oficial clicando aqui. Em casos de requerer o cálculo da mesma, aqui.

Todo o trâmite dependerá de dois pontos, a idade atual e tempo de contribuição. Caso não possua período de contribuição ou esse tenha sido pequeno ou nulo, será necessário esperar a idade adequada para requerer novamente sua aposentadoria.

História da bandeira do Brasil

A representação do país.

História da bandeira do Brasil

Tudo começou por volta do ano de 1889, precisamente no dia 19 de novembro, curiosamente 4 dias após a Proclamação da República. A bandeira fora um resultado da tradicional Bandeira do Império Brasileiro. Em primeira instância, o que deveria ser colocado dentro do triângulo amarelo mudou.

A princípio seria utilizado o escudo imperial português que fora devidamente trocado por um circulo azul com estrelas e faixa na cor branca. Pouca gente sabe, mas existe algumas normas que definem específicas dimensões e proporções correspondentes a bandeira. Sempre na seguinte ordem:

  1. Formato retangular verde
  2. Losango amarelo
  3. Esfera azul celeste
  4. Faixa com “ordem e progresso”
  5. Estrelas representando os estados brasileiros

Ao todo são 27 estrelas que retratam o céu anil com estrelas pontiagudas do Brasil, precisamente era categorizado como o céu do estado do Rio de Janeiro. Recapitulando que as mais belas constelações brasileiras são vistas das praias do Rio. 26 delas são representativas aos estados e 1 simboliza o Distrito Federal.

A representação do país.
Bandeira do Brasil (Foto: Reprodução)

A Bandeira não pode ser exposta no período da noite, a não ser que esteja sendo devidamente bem iluminada. É hasteada no período da manhã e recolhida logo pela tarde. É de obrigação nacional que órgãos como:

  • Escolas
  • Ministérios
  • Secretarias de governo
  • Repartições públicas

A tenham como símbolo principal nos escritórios ou demais edifícios do governo. Também é muito solicitada em dias de festa ou luto nacional. Em eventos esportivos onde o Brasil está sendo representado é possível ver várias, não só na platéia como também dentro do local do evento.

O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro. Nesse dia são feitas inúmeras apresentações de comemoração cívica, sempre em acompanhamento com o Hino Nacional Brasileiro. Há também outros dois tipos de bandeiras:

  • A Bandeira Presidencial
  • A Bandeira Vice- Presidencial

Curiosidades

Dentre as curiosidades mais importantes nós veremos a representação de 4 cores diferentes, identificando as famílias reais. Contudo, tempos a frente novas identificações segundo as características do Brasil, sendo essas:

  • Representa as matas
  • representa as riquezas do Brasil
  • Azul – representa o céu
  • representa a paz que deve reinar no país

A atual versão da bandeira só obteve ativação no dia 11 de maio de 1992.

Caatinga fauna flora e características

Um ecossistema único no Brasil.

Caatinga

De todos os ecossistemas brasileiros, a caatinga é o único tipicamente natural encontrado nas principais regiões onde é comum a seca e as baixas incidências de chuva. Isso, sem dúvidas, torna o lugar ainda mais característico e atípico das belezas naturais famosas e conhecidas no Brasil.

De todo território presente no Brasil, sua ocupação chega a 10% do território brasileiro. Precisamente pode ser encontrada em estados como:

  • Rio Grande do Norte
  • Paraíba
  • Ceará
  • Pernambuco
  • Sergipe
  • Alagoas
  • Bahia
  • Piauí
  • Minas Gerais

Nessa região o interesse pelo desenvolvimento é grande, contudo a seca e o clima semiárido acaba impedindo que seja realizado o plantio e a falta de água é o maior empecilho.

Um ecossistema único no Brasil.
Caatinga (Foto: Reprodução)

Hoje em dia, é certo dizer que cerca de 80% de toda originalidade da caatinga fora afetada, principalmente devido a Colonização na região. Apenas 1% da caatinga é protegida e existe projetos de conservação. Nessa área é combatida a exploração de recursos naturais.

Tentando ajudar o processo de irrigação, foram criados açudes artificiais. Esses açudes ajudam a evitar a seca, mas por outro lado, a prática levou a salinização do solo. Hoje, os dados comprovam que cerca de 40 mil km² já estão em situação de deserto.

Fauna e flora, principais características

A principal característica da flora da Caatinga é a pouca incidência de água e chuva. Todas as suas plantas ficam em estado de fragilidade e algumas vezes até secam. Os galhos costumam possuir um formato retorcido de raízes extremamente compridas e alongadas.

Isso porque acabam por tocar os lençóis de água no subsolo, ajudando a manterem-se vivas. Muitas espécies não fazem reprodução de folhagem ou espinhos, visando especialmente impedir que haja a transpiração e consequentemente a perda de água no corpo.

Dentre os estratos presentes nessa região, estão:

Herbáceo – plantas de altura inferior a 2 metros

Arbustivo – plantas que vão de 2 a 5 metros

Arbóreo – árvores que podem atingir de 8 a 12 metros

A maior parte das plantas costumam manter folhagens baixas e pequenas, categorizadas preferencialmente como xerófilas, que significa de fácil adaptação em qualquer ambiente. Boa parte das plantas quase não possuem folhagem.

Já a fauna é muito rica e bonita. Existem espécies variadas de animais, bem como:

  • Veado-catingueiro
  • Preá
  • Gambá
  • Asa branca
  • Arara azul
  • Cutia
  • Cachorro do mato
  • Insetos
  • Aracnídeos
  • Roedores

Segundo os dados, o conhecimento que se tem é de que existe cerca de 45 tipos de serpentes, 47 tipos de largados, 44 tipos de anuros, 4 quelônios e 7 tipos de anfíbios. Os brejos são bastante comuns, considerados verdadeiros oásis no deserto. As áreas são geralmente ricas em nutrientes, ainda que a seca seja duradoura.

É possível que na região ainda haja a cultura de cultivo. O nome da Caatinga veio dos índios, o tupi guarani e significa Mata Branca, isso devido a falta de verde e árvores.

Crise de 1929 no Brasil e no mundo resumo completo

Logo após a primeira guerra mundial, as potências europeias entraram na grande empreita de reconstrução não só de seus países, mas também de suas economias que estavam profundamente abaladas pelo conflito. Apesar disso, muitos países exportadores de produtos e matérias primas saíram beneficiados durante e após o conflito.

Um desses grandes beneficiados foram os Estados Unidos que passou a exportar todo tipo de produto para Europa e demais países afetados pela guerra. Essa grande onda de exportação gerou o que chamamos de “os loucos anos 20”, um período de imensa prosperidade, superprodução, excesso de consumo e de muita riqueza para esse país.

As motivações da crise – os anos 20

A prosperidade dos Estados Unidos era enorme, tal qual criou uma ilusão, tanto entre os consumidores, como entre os grandes investidores, industriais e afortunados de que nunca iria acabar. O governo fazia planos para estimular o consumo como o “American Way of Life” (estilo de vida americano). Grande parte desse aumento grotesco no consumo foi devido as novas tecnologias industriais, o desenvolvimento dos setores trabalhistas, o protecionismo e a grande quantidade de exportações. Os Estados Unidos eram a grande potencial mundial, não só bélica (naquele momento) mas econômica.

Fila de desempregado dos Estados Unidos (foto: reprodução)
Fila de desempregado dos Estados Unidos (Foto:Reprodução)

As bolsas de valores subiam constantemente e os entusiastas em investimentos gastavam suas fortunas em ações empresariais e outros negócios. Tudo ia bem e a prosperidade econômica parecia não tem fim. Apesar disso, em junho de 1929 as exportações dos Estados Unidos começaram a cair e o país começou a enfrentar uma leve recessão.

O que estava acontecendo era que a superprodução dos Estados Unidos não estava sendo vendida em totalidade, ou seja, os países antes devastados pela guerra estavam comprando cada vez menos produtos norte americanos, principalmente devido a recuperação da industria, agricultura e economia daqueles países.

A crise de 29

A recessão preocupava alguns setores americanos, mas não abalou de primeira a economia norte americana. Porém, as empresas começaram perder os lucros de antes por não conseguirem vender a superprodução, funcionários começam a ser demitidos, os preços dos produtos começam a subir e o comércio fica praticamente paralisado.

A estagnação e queda da economia fez com que os valores da ações da bolsa caíssem significativamente. Da noite para o dia, milhares de pessoas possuíam ações que não valiam nada. Uma grande correria na bolsa de Nova York se estendeu na tentativa de vender ações a todo custo, porém, após o dia 24 de outubro daquele ano, a bolsa já estava quebrada.

Os Estados Unidos entrou em uma imensa pobreza, desencadeando tempos difíceis para milhares de famílias que passaram a viver em estado de miséria. Parecia ser o fim do capitalismo e do liberalismo econômico, pois no lado da União Soviética nada foi sentido, tendo em vista de que não participava em nada com o sistema capitalista.

Os países Europeus que estavam recuperando a economia também entraram em uma grande quebra. Isso aconteceu porque os Estados Unidos também era um grande comprador desses países. Como em uma pilha de dominós, cada país quebrado resultava em menos exportação e importação para outro país, que também quebrava.

A medida encontrada pelos Estados Unidos para enfrentar a crise foi na interferência estatal na economia, reduzindo as práticas liberais. A injeção de capital estatal de incentivo a produção e a consolidação do princípio de Estado de bem estar social, aos poucos fez com que a economia norte americana caminhasse a recuperação.

Apesar disso, a crise só se finda com a Segunda Guerra mundial, onde as taxas de desemprego cai drasticamente (devido os soldados irem para o front), a industria e a agricultura novamente é aquecida pelas demandas bélicas, alimentícias, de vestuário e demais produtos e matérias primas para exportação aos Aliados.

No Brasil

O Brasil, na década de 2o, vivia em uma espécie de monopólio de exportação onde o produto mais exportado era o café. Como a presidência do país era revezada entre os maiores Estados produtores de café (São Paulo e Minas Gerais), a economia brasileira era inteiramente voltada em defesa do setor cafeeiro.

Os Estados Unidos eram o grande comprador de café brasileiro e com a crise, as exportações caíram drasticamente, resultando na baixa econômica. O Brasil viveu tempos difíceis, pois a maioria dos produtos consumidos no país eram importados. Com a crise, o número de exportações dos países industriais diminuía e o Brasil também passou a importar menos.

Apesar das dificuldades econômicas, esse cenário foi aproveitado não só pelo Brasil, mas por outros países não industrializados. As agro exportações subiram com o tempo e uma grande variedade de produtos ganhou importância. O Governo ditatorial de Getúlio Vargas (a partir de 30 com o golpe de Estado) põe em prática uma série de medidas que reconfigurava o cenário trabalhista no país e iniciava os surtos mais importantes de industrialização do país.

Responsáveis pela greve de 1917

Durante a primeira República brasileira, o país passou por um dos seus primeiros processos de industrialização que instalou principalmente a indústria têxtil em São Paulo, Rio de Janeiro e no Sul do país, primeiramente. A instalação dessas fábricas permitiu que surgisse uma classe operária no Brasil que mais tarde uniria forças para cobrança de direitos.

O contexto financeiro do Brasil, apesar da industria que dava seus pequenos passos, era basicamente alimentado pelo capital do setor cafeeiro, maior produto de exportação do país naquele período. Para garantir a proteção desse setor, as oligarquias alternavam o poder entre paulistas e mineiros (maiores produtores) na chamada política do café com leite.

Entendendo os precedentes e demais contextos

Como já dito, o poder do país estava nas mãos das oligarquias do café, essa mesma que acabou por chamar vários imigrantes para trabalhar nas lavouras após a abolição da escravidão em 1888. O país recebeu principalmente espanhóis e italianos que vieram e se estabeleceram tanto nas lavouras como nas cidades, trazendo com eles, além de outros ideais de trabalho, esperança de uma vida melhor.

Grevistas em São Paulo - 1917 (foto: reprodução)
Grevistas em São Paulo – 1917 (Foto: Reprodução)

Devido as péssimas condições de trabalho nas lavouras, em parte por não haver uma legislação trabalhista no país (a CLT só se concretizará no Estado Novo de Getúlio Vargas), vários italianos fugiram para as cidades onde se estabeleceram e iniciaram os trabalhos no setor industrial como operários. A situação econômica do país já não ia muito bem e os preços estavam em alta, isso somado aos baixos salários, já era motivo de bastante descontentamento. Essas motivações, quando intensificadas, geraram motivos suficientes para uma revolta entre italianos, espanhóis e brasileiros.

O preço da Guerra

A partir de 1915, a Europa iniciava o que mais tarde seria conhecido como primeira guerra mundial. Como as demandas dos esforços militares eram cada vez maiores, vários países tiveram que exportar mais matéria prima e demais produtos. O Brasil apoiava a Tríplice Entente, fato que proporcionou altas exportações de produtos agrícolas.

O grande problema das super exportações era que para suprir as demandas europeias, a economia brasileira começou a utilizar grande parte dos produtos que eram comercializados internamente no país, fazendo com que a falta dos produtos aumentasse os preços e, dessa forma, encarecendo a já deficiente qualidade de vida do operário e cidadão brasileiro em geral.

Em fato de comparação, um operário deveria ganhar o dobro de seu salário para sustentar uma família com dois filhos. Devido a esses motivos, além do trabalho infantil, das pesadas cargas horárias e da falta de legislação trabalhista, um grande movimento operariado começou a se levantar entre essa classe no país.

A greve geral

A greve era quase inevitável, visto que a criação de comitês grevistas com a participação de italianos, espanhóis e brasileiros, estavam se organizando de forma extremamente satisfatória. Os primeiros movimentos se iniciaram logo no início do ano de 1917 em algumas fábricas têxtil no centro de São Paulo. Logo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul entrariam no movimento somando greves em todo o país.

O pico da movimentação popular aconteceu em julho, onde uma greve geral assolou o estado de São Paulo, com participação até mesmo de funcionários públicos. Cerca de 70 mil pessoas aderiram a greve que estava sendo tratada de forma truculenta pelos policiais do Estado. Em uma ocasião, um jovem espanhol chamado José Martinez foi morto pela ação da cavalaria. Esse foi o motivo para que milhares de pessoas se reunissem no enterro do operário, fato que deu ainda mais força para o movimento.

O jornalista Edgard Frederico Leuenroth não só deu apoio ao movimento operário, como assumiu a responsabilidade de lidera-lo e articula-lo. Estando a frente desse movimento, o jornalista acabou sendo preso mas pôde negociar as exigências da greve junto ao governo. Entre as exigências, estavam o aumento de 35% do salário, a proibição do trabalho para menores de 14 anos, a não alocação de trabalhadores de 18 anos e mulheres em trabalhos noturnos, a pontualidade no pagamento dos salários, a soltura dos participantes presos durante as greves e dentre outros.

Os donos das fábricas trataram de conceder o aumento pedido pelos grevistas imediatamente após as negociações. Alguns tópicos foram discutidos depois e parte deles foram atendidos. Com parte das exigências atendidas, a greve se findou e os trabalhos retornaram o mais rápido possível.