Nome do descobridor das Cataratas do Iguaçu

As cataratas do Iguaçu fazem parte do orgulho nacional no que diz respeito a beleza natural e também às conquistas da engenharia moderna (construção da maior hidroelétrica em produção energética do mundo, Itaipu). Localizada no município de Foz de Iguaçu, no Estado do Paraná no Brasil, a cidade, segundo estimativas da revista Exame, é o terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros e o mais visitado na Região Sul do país.

Apesar de ser uma das cidades mais povoadas do Estado do Paraná atualmente, Foz do Iguaçu só começou a ser habitada por brasileiros a partir do final do século XIX, onde estabeleceu-se um plantio de erva mate e uma colônia militar que iniciou o processo de habitação. Em 1889, uma expedição militar atribuiu o número de 324 pessoas morando no local, a maioria no entanto, paraguaios e argentinos dedicados ao cultivo e extração do mate.

Primeiras ocupações

Mesmo que a Foz do Iguaçu só tenha iniciado a partir do fim do século XIX, os primeiros da região moraram ali cerca de 6000 anos a.C., segundo pesquisas do setor de arqueologia da Universidade Federal do Paraná no local. Desde essa época, várias outras etnias indígenas habitaram o local por algum período de tempo.

Cataratas do Iguaçu (foto: reprodução)
Cataratas do Iguaçu (Foto: Reprodução)

Já no início do século XX, a região sofreu um pulo habitacional imenso se comparado ao senso realizado pela expedição de 1889. O local agora conta com cerca de 2000 habitantes e logo se tornara distrito do município de Guarapuava. No entanto, em 1914, o povoado foi emancipado e nomeado de município de Vila Iguassu.

Para título de curiosidade, o nome do munício “Iguaçu” advém de um tropo linguístico indígena e da junção das duas palavras “Y” e “Guazú”, onde Y significa água e Guazú significa grande. A tradução para o nome seria algo como Grandes Águas.

Alvar Núñez Cabeza de Vaca

A descoberta das cataratas do iguaçu se deu não por um brasileiro, nem por um português, mas por um explorador espanhol chamado Alvar Núñez Cabeza de Vaca, natural de Jerez de La Frontera. A história desse sujeito é um tanto curiosa e cheia de aventuras e perigos, digna dos contos aventurescos dos exploradores da América.

Alvar Núñes foi soldado em sua adolescência e adentrou na empreita das navegações logo após o descobrimento da América. Sua primeira expedição desembarcou do atual território da Flórida em 1528 onde ficou por muitos anos vivendo entre os índios. Seus escritos serviriam, anos mais tarde, como fontes de estudo dos antigos costumes daqueles povos.

Em outra expedição, Alvar Núñes foi mandado à América do Sul, onde foi nomeado governador da província do Rio Prata em 1540. O objetivo era de estabelecer o assentamento de Buenos Aires em um local especificado. Sua campanha exploradora seguiu e documentou o curso do rio da prata, chegando ao atual Estado de Santa Catarina e adentrando ainda mais no interior do Brasil.

Alvar Núñes foi o primeiro homem branco a chegar nas Cataratas do Iguaçu, sendo portanto, os descobridor do local no ponto de vista da historiografia pré-colombiana. Na ocasião, o explorador nomeou o local de Salto de Santa Maria. Apesar da empreita, o explorador falhou em sua missão de restabelecimento de Buenos Aires e foi novamente mandado à Espanha, onde faleceu anos depois.

Descobridor das impressões digitais

Nas primeiras sociedades humanas, os agrupamentos se organizavam e compunham uma série de ditames e regras sociais de acordo com suas crenças e visões de mundo. O conceito de justiça e de julgamentos sempre estava presente de alguma forma, afinal, algo deveria frear o desejo de desobedecer as regras estabelecidas.

Apesar de tudo parecer funcionar bem, sempre foi difícil provar que uma pessoa cometeu tal crime, quando não era pega em flagrante. Os métodos não eram seguros e os resultados certamente poderiam ser muito equivocados. Atualmente, possuímos uma grande variedade de métodos para comprovar a ação de um criminoso, entre eles, a impressão digital.

Impressões digitais na história

Para resolver esses problemas, as pessoas recorriam a muitos métodos, dependendo do lugar, da cultura e costumes. Durante a Idade Média, por exemplo, algumas acusações só poderiam ser refutadas caso houvesse alguma intervenção divina, um sinal metafísico que provasse a inocência do réu. Mais tarde, métodos como a mensuração de partes do corpo por exemplo, serviriam para provar que um homem não era outro.

Henry Faulds - o pai da datiloscopia (foto: reprodução)
Henry Faulds – o pai da datiloscopia (Foto: Reprodução)

Porém, evidentemente esses métodos eram falhos. Com o avanço das correntes filosóficas e científicas, o homem passou a se enxergar como indivíduo único e isso em vários aspectos contribuiu para a gama de estudos do corpo e da mente humana. Desde 1858, o império britânico utilizava as linhas das mãos e pés (molhava-se na tinta e aplicava no papel) como assinatura e identificação de trabalhadores.

Porém, de maneira científica e oficial, somente em 1880 um estudioso médico inglês chamado Henry Faulds publicou uma maneira de identificar pessoas por meio das marcas encontradas nas pontas dos dedos da mão. Ele é considerado o pai da chamada datiloscopia, que só foi aceita pela ciência de fato pela ajuda de outro cientista, Francis Galton.

Galton padronizou e estudou mais afundo as digitais. Identificou diversos padrões e o mais importante, identificou características nos traços que não se repetiam em humanos diferentes. Algumas dessas minúcias seriam necessárias para ligar uma impressão digital a um ser humano específico. Em 1911, a justiça da França propôs 12 minúcias idênticas seriam suficientes para fazer a associação em um crime.

Atualmente, as digitais ajudam a descobrir qual dos suspeitos estavam na cena de algum crime. Isso porque, as impressões digitais podem ser deixadas no local em qualquer descuido do criminoso, acusando sua presença. É uma espécie de assinatura quase irrefutável em um tribunal.