Descobridor das impressões digitais

Nas primeiras sociedades humanas, os agrupamentos se organizavam e compunham uma série de ditames e regras sociais de acordo com suas crenças e visões de mundo. O conceito de justiça e de julgamentos sempre estava presente de alguma forma, afinal, algo deveria frear o desejo de desobedecer as regras estabelecidas.

Apesar de tudo parecer funcionar bem, sempre foi difícil provar que uma pessoa cometeu tal crime, quando não era pega em flagrante. Os métodos não eram seguros e os resultados certamente poderiam ser muito equivocados. Atualmente, possuímos uma grande variedade de métodos para comprovar a ação de um criminoso, entre eles, a impressão digital.

Impressões digitais na história

Para resolver esses problemas, as pessoas recorriam a muitos métodos, dependendo do lugar, da cultura e costumes. Durante a Idade Média, por exemplo, algumas acusações só poderiam ser refutadas caso houvesse alguma intervenção divina, um sinal metafísico que provasse a inocência do réu. Mais tarde, métodos como a mensuração de partes do corpo por exemplo, serviriam para provar que um homem não era outro.

Henry Faulds - o pai da datiloscopia (foto: reprodução)
Henry Faulds – o pai da datiloscopia (Foto: Reprodução)

Porém, evidentemente esses métodos eram falhos. Com o avanço das correntes filosóficas e científicas, o homem passou a se enxergar como indivíduo único e isso em vários aspectos contribuiu para a gama de estudos do corpo e da mente humana. Desde 1858, o império britânico utilizava as linhas das mãos e pés (molhava-se na tinta e aplicava no papel) como assinatura e identificação de trabalhadores.

Porém, de maneira científica e oficial, somente em 1880 um estudioso médico inglês chamado Henry Faulds publicou uma maneira de identificar pessoas por meio das marcas encontradas nas pontas dos dedos da mão. Ele é considerado o pai da chamada datiloscopia, que só foi aceita pela ciência de fato pela ajuda de outro cientista, Francis Galton.

Galton padronizou e estudou mais afundo as digitais. Identificou diversos padrões e o mais importante, identificou características nos traços que não se repetiam em humanos diferentes. Algumas dessas minúcias seriam necessárias para ligar uma impressão digital a um ser humano específico. Em 1911, a justiça da França propôs 12 minúcias idênticas seriam suficientes para fazer a associação em um crime.

Atualmente, as digitais ajudam a descobrir qual dos suspeitos estavam na cena de algum crime. Isso porque, as impressões digitais podem ser deixadas no local em qualquer descuido do criminoso, acusando sua presença. É uma espécie de assinatura quase irrefutável em um tribunal.

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