Mico leão Dourado em Extinção

Uma das espécies de primata endêmica do Brasil está mantida há muito tempo na lista de risco para extinção, é o popular mico-leão-dourado, um mamífero da classe Mammalia, pertencente a ordem dos primates, família esta dos Callithricidae. O animal também é conhecido como sagüi-piranga, sauí vermelho, sauí, sagüi, mico e etc, dependendo da localização em que se encontra.

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Nome científico – Leontopithecus rosalia

Habitante de florestas, o mico-leão-dourado, possui como habitat original a Mata Atlântica onde pode conviver entre cipós e bromélias. Por ser onívoro, se alimenta praticamente de frutos, vegetais, ovos e pequenos vertebrados, insetos e anfíbios. Utiliza suas habilidades de se equilibrar com facilidade nos galhos das árvores, para encontrar facilmente sua comida, isso no período diurno, uma vez que o mesmo não possua hábitos noturnos.

O mamífero vive em grupos de famílias, formados em média por 6 a 8 indivíduos, mas esse número pode variar até 14 indivíduos. Cada grupo chega a utilizar uma área de aproximadamente 100ha, onde fazem a total defesa contra outros grupos. Apesar disso o mico-leão-dourado é um animal monógamo, ou seja, não compartilha relações com outras fêmeas, uma vez formado o casal, mantém-se fiel.

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Os grupos de famílias podem chegar a ter cerca de 14 indivíduos.

O animal pode viver em média até os 15 anos de idade, sendo que a sua maturidade é identificada aos 18 meses no caso da fêmea e aos 24 meses para os machos. A época em que mais se tem uma reprodução ativa está entre os meses de setembro e março, quando a fêmea poderá gerar durante 125 ou 132 dias um a 3 filhotes por vez, com kg equivalente a 60g.

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Não existem diferenças relacionadas à coloração ou tamanho entre machos e fêmeas.

O recém-nascido somente passa cerca de quatro dias pendurado ao ventre materno, logo em seguida o pai é o responsável por carregá-lo, cuidar de sua limpeza, penteá-lo e etc. A mãe se aproxima apenas para fazer a amamentação do mesmo, durante uns quinze minutos. Mesmo assim a presença do pai é imprescindível, pois o filhote não consegue ficar muito tempo distante dele.

As maiores causas da extinção do mico-leão-dourado está na atividade criminosa do tráfico de animais, juntamente com a destruição do seu habitat. A rara espécie chama a atenção dos traficantes por causa de sua pelagem cor de fogo e da juba que possui em torno da cabeça. Seus pelos são sedosos brilhosos, principalmente quando estão expostos ao sol.

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A caça predatória também contribuiu para a quase completa extinção da espécie na natureza na década de 60.

Nos dias atuais, o único local que há preservação do mico-leão-dourado é a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Município de Silva Jardim, estado do Rio de Janeiro. A reserva já possui cerca de 2mil espécies de mico-leão-dourado que foram sendo criados em cativeiro ao longo dos 34 anos de fundação. No site oficial da reserva é possível encontrar todas as informações sobre a preservação, via e hábitos do mico-leão-dourado – http://www.pocodasantas.com.br.