Tipos de impactos sociais no Brasil

A sociedade brasileira talvez seja uma das mais complexas do mundo para se entender. Além de ser imensamente plural quanto etnicidade, imaginários, visões de mundo, valores e diversidade racial, a sociedade do país também é muito diversificada economicamente.

Tal sociedade ao longo do tempo, vem sofrido diversos impactos dos mais variados sentidos, fontes e interesses de terceiros. Para facilitar o entendimento desse quadro, dividiremos os impactos sociais em dois tipo: Os impactos benéficos e maléficos. Tendo em vista que os benéficos visem a igualdade social e o desenvolvimento humano e os maléficos visem a desigualdade, o preconceitos, os esteriótipos e a exploração.

Impactos maléficos

  • Preconceito Racial: As raízes do preconceito racial vem desde a colonização do país pelos portugueses e outros europeus. A mão de obra escravocrata que utilizava tanto indivíduos de etnias africanas como de etnias indígenas criaram um intenso preconceito racial, religioso e moral contra essas culturas e povos. As formas de preconceito também se ampliariam contra e entre outros povos que entraram no Brasil, como por exemplo na imigração japonesa, imigração de povos muçulmanos, entre outros. O preconceito racial gera a diferença e o ódio irracional entre os indivíduos.
  • Desigualdade Social: A desigualdade vem do próprio modelo capitalista e também das políticas públicas do país durante centenas de anos. Os impactos da desigualdade social no país se refletem no aumento da violência nas cidades, na impunidade, no preconceito, no descaso, na precariedade da educação por falta de investimentos públicos e na falta de segurança.
  • Exploração: A imensa quantidade de empresas que vem crescendo no país e o pagamento do salário mínimo ou menos aos funcionários aumenta a desigualdade na medida em que os lucros melhoram imensamente a qualidade de vida dos patrões e estagnam a qualidade de vida dos funcionários.
  • A Ausência de Reforma Agrária: Grande parte das terras latifundiárias estão nas mãos de poucas famílias históricas, ainda herança do modelo capitanias hereditárias. Isso configura na continuidade de uma injustiça histórica e propicia o monopólio dos meios de produção por uma quantidade mínima de agentes com pretensões políticas egoístas.

Impactos Benéficos

  • As Políticas Públicas de Inserção Racial: Mesmo com as imensas críticas ao sistema de cotas instalado no Brasil, não é possível negar que esse sistema permitiu a participação de indivíduos negros e indígenas nas mais diferentes esferas sociais brasileiras. Mesmo sendo um tipo de política “tapa buraco”, hoje a participação negra é muito maior, o que propiciou a ascensão social e vem contribuindo para a diminuição do preconceito racial.
  • As Políticas Públicas de Igualdade Social: O mesmo sistema de cotas hoje conta também com cotas raciais e os efeitos ainda estão por vir. Certamente, trará efeitos positivos como também trouxe ao das cotas raciais. Isso estimula o pensamento e os desejos do povo, o que mais tarde poderá contribuir para com as melhorias em todos os setores do país. A substituição de muitos vestibulares em universidades públicas pela prova do ENEM – que é mais justa e democrática que o vestibular comum – também servirá como ferramenta de inserção das classes mais baixas a melhor qualidade de ensino gratuito, diminuindo algumas diferenças sociais.
  • Os Movimentos Sociais pela Educação: Apesar de ainda estarem no início, esses movimentos sociais estão cada vez em maiores proporções e podem com o tempo, significar um enorme mudança no país. Com a implantação de um sistema educacional de qualidade mudará todas as esferas sociais e a realidade da sociedade brasileira.
  • As Bolsas Governamentais: Ao contrário do que a grande maioria das pessoas dizem, as bolsas governamentais como o Bolsa Família, Bolsa Escola, entre outras, tem mostrado resultados impressionantes nos últimos anos. Estima-se que 19,3 milhões de pessoas saíram da linha pobreza, grande parte devido a implantação das bolsas governamentais que possibilitaram chance a ascensão social. Hoje, essas famílias não utilizam mais o benefício e a classe média corresponde a mais de 50% da população do país.

ONGS SOCIAIS

Existem vários tipos de ONGs sociais no Brasil que desenvolve projetos como foco principal o meio ambiente, as crianças, a arte, cultura e assim sucessivamente. As ONGs nada mais é do que uma Organização Não Governamental que não possui nenhuma ligação com o estado, desta forma recebe ajuda de empresas e de voluntários.

As ONGs sociais tem uma grande apoio da sociedade, pois são projetos de investimento e de socialismo, onde a opinião da população é muito importante e com isso a sociedade ajuda com doações, participação, voluntariedade, e dessa forma as ONGs sociais ganham mais forças para continuar com os serviços prestados a sociedade.

Os tipos de ONGs sociais são:

  • Fundação SOS Mata Atlântica
  • Fundação ABRINQ
  • AMDA
  • Associação Pré- UFMG
  • Instituto ETHOS
  • Instituto Akatu
  • ONG Moradia e Cidadania
  • ONG Desapareceu
  • ONG Viva Rio
  • ONG Criança Segura
  • ONG Ação fome ZERO
  • Instituto de reciclagem do Adolescente
  • Missão Criança e outros.

Muitas dessas ONGs sociais são destinadas á Paz, Combate à pobreza,  Meio ambiente, Economia, Educação, Ações sociais, Direitos humanos, Combate ao preconceito e muitos outros, desta forma as pessoas podem contribuir com voluntariedade nas ONGs, sendo que muitas empresas e instituições educacionais oferecem ajuda e suporte para as ONGs.

Porque da desigualdade social

A desigualdade social é um problema recorrente e presente na grande maioria das nações do mundo. Esse problema tem raízes históricas muito antigas que envolviam relações de poder e direitos. As continuidades desses processos desembarcaram no sistema capitalista atual, cuja forma é perfeita para o alastramento das desigualdades.

Desde que os primeiros grupos humanos instituíram as relações de poder, um homem deve obedecer ao outro em troca de alguma coisa. Uma sociedade antiga que vive entorno de um armazém onde são estocados os alimentos para o ano inteiro, devem obediência ao dono do armazém, por exemplo. Nos casos antigos, os donos do armazém eram os grandes governantes.

A linhagem governamental na maioria dos casos era hereditária. Um grupo que se identificava superior ou nobre assumia os negócios imperiais e sobreviviam da coleta de impostos de toda a produção do povo. Esses grupos detinham uma enorme parcela aquisitiva e moravam nos grandes palácios históricos que hoje olhamos com tanto respeito.

Desigualdade visível nas diferentes moradias lado a lado
Desigualdade visível nas diferentes moradias

O poder imperial sempre foi enorme e os que estavam com ele sempre estiveram em patamares elevados da sociedade. A relação de exclusão social era evidente na medida em que complexos residenciais nobres eram distantes de complexos residenciais pobres. A nobreza necessita obrigatoriamente do trabalho e da devoção da grande massam, porém a despreza e explora.

Os reis absolutistas europeus eram o grande exemplo desse modelo político. Eles tudo podiam, estavam até em uniparidade com a igreja católica. A chamada revolução francesa tirou o imenso poder dos reis para que entrasse em cena o liberalismo e os princípios das igualdades entre os participantes uma nação. Trocaram os nobres pelos burgueses.

O liberalismo garantia o livre comércio a obtenção da propriedade privada, ou seja, propriedade de direito inviolável do seu comprador. A desigualdade social continuou nesse sentido, pois a propriedade privada só era de direito de quem tivesse o poder aquisitivo de compra-la. Com os adventos da revolução industrial, ficou ainda mais claro que situação de desigualdade não só continuaria, como se intensificaria.

Os burgueses eram os únicos capazes de investir na construção das fábricas e assim foi. A exploração massiva do trabalho humano a salários precários em condições de vida imensamente desfavoráveis era essencial para o funcionamento da máquina capitalista. Desse modo, a política da obrigatoriedade do trabalho foi implantada a força ao povo inglês, por exemplo.

Enquanto milhares de pessoas eram exploradas nas fábricas, os donos esbanjavam o lucro em luxo de todos as maneiras possíveis. Nem as independências dos países americanos, africanos e asiáticos, nem a implantação de repúblicas dos diversos tipos conseguiram contornar essa situação, mesmo porque essa nunca foi a intenção.

Hoje, vivemos a herança dessa máquina capitalista. A possibilidade de ascensão social de que tanto falam é mínima para a grande maioria da população. A exploração é presente ainda nas fábricas, em lojas, departamentos e em todo tipo de trabalho onde os funcionários são mal remunerados. Ao que parece, as desigualdades continuarão firmes até que o sistema entre em colapso e outro tenha que substituí-lo.

Quais as classes sociais

As classes sociais não são um conceito pré definido e levado em consideração desde sempre. Foram uma ideia de análise social que se viu ainda mais desenvolvida nas obras de Karl Marx, que definiu e classificou principalmente, proletários e burgueses, ou donos dos meios de produção.

A análise marxista foi feita em um tempo onde a sociedade europeia ainda se articulava para enfrentar as novas dinâmicas de trabalho e os governos não se preocupavam com as condições dos trabalhadores, nem os concedia direitos trabalhistas. Desde então, o conceito de classes sociais vem sido bastante utilizado para representar grupos mais ou menos privilegiados na sociedade.

Classes sociais no Brasil

No Brasil, as classes sociais são dividas de forma simplória e intuitiva no enquadramento. Basicamente, a sociedade brasileira pode ser dividia em três partes, evidenciando o poder aquisitivo, os tipos de profissão que cada um abarca e a qualidade de vida atribuída a elas.

Contraste entre classes sociais
Contraste entre classes sociais

Classe Baixa

É a classe com menor poder aquisitivo e também com a menor qualidade de vida. Geralmente, a classe baixa é desprovida de necessidades básicas como saúde, alimentação e lazer. Os baixos salários e trabalhos desvalorizados pelos demais setores impedem uma grande capacidade de consumo.

Classe Média

Atualmente, representa pouco mais de 50% da sociedade brasileira. A classe média dispõe de grande capacidade e consumo, mesmo que essa capacidade seja limitada em alguns setores. Possui um acesso maior a saúde, educação, alimentação, lazer e entretenimento, porém ainda não com a qualidade esperada.

Apesar disso, a classe média pode variar de região para região e se for vista em um conceito geral, varia muito em cada país. É normalmente composta de pequenos empresários, proprietários de terras, universitários, etc.

Classe Alta

A classe alta é o topo da sociedade, onde os indivíduos não encontram dificuldades para suprir as necessidades como educação, saúde, alimentação, lazer, entre outros, e possuem uma grande capacidade de consumo em todos os setores. Nessa classe, enquadram-se grandes proprietários de terra, grandes empresários, grandes industriais e etc.

Instituições Sociais

Segundo um dos fundadores da sociologia moderna, Emile Durkheim, as instituições sociais são consideradas como uma maneira de proporcionar proteção a sociedade, e nas mesmas são aceitas as regras que geralmente são impostas pela sociedade, mantendo então uma organização do grupo, onde geralmente as necessidades dos indivíduos de cada grupo são saciadas.

São existentes vários tipos de instituições sociais, sendo elas:

  • Instituições Sociais direcionadas a Educação
  • Instituições Sociais Familiares
  • Instituições Sociais direcionadas a Econômica
  • Instituições Sociais direcionadas a Politica
  • Instituições Sociais direcionadas a Religião
  • Instituições Sociais direcionadas a Recreação

Geralmente em cada tipo especifico de instituição social é determinado um parâmetro de regras, essas regras de certa forma são padronizadas pelo grupo, e as mesmas devem e são aceitas pelos integrantes. O principal intuito dessas regras são: manter a organização do grupo, saciar as necessidades dos indivíduos que fazem parte do grupo.

Geralmente toda sociedade possui uma grande diversificação de instituições sociais. A partir das necessidades que são propostas pela sociedade, as instituições sociais podem permanecer intactas por um período longo.