Cabanagem resumo completo

O Brasil é conhecido como um país de homens cordiais e uma sociedade com pilares na tranquilidade e festividade. Porém, ao contrário desse já contraditório senso comum, o povo brasileiro sempre foi atento aos maus tratos políticos e elitistas, desenvolvendo ações de caráter rebelde pelos mais variados motivos em cada época.

Durante os períodos históricos do Brasil, é possível identificar um grande número de conflitos entre as mais variadas províncias, sejam eles ocorridos na colônia, no império ou na república. Um desses conflitos ficou conhecido como cabanagem e ocorreu na província do Grão Pará em um contexto histórico bastante peculiar.

Período regencial

O primeiro império brasileiro foi, inicialmente, um período de grande euforia para nossos compatriotas. Livres do comando político e administrativo português, os brasileiros finalmente poderiam desenvolver suas práticas comerciais com várias nações, ter autonomia sobre os lucros e exercer suas próprias políticas públicas.

Tipo de moradia dos cabanos ribeirinhos (foto: reprodução)
Tipo de moradia dos cabanos ribeirinhos (foto: reprodução)

O governante da mais nova monarquia das Américas, Dom Pedro I, foi condecorado como Defensor Perpétuo do Brasil e passou a administrar o país de forma um tanto inadequada. Diversos escândalos públicos envolvendo o imperador, falha administração pública, principalmente do Banco do Brasil, e os conflitos com grande parte das elites brasileiras fizeram com que Pedro I fosse expulso das terras brasílicas.

Como o herdeiro ao trono do Brasil ainda era uma criança, o governo brasileiro passou um período regencial, comandado por regências trinas. Durante esse período, a firmeza e autonomia do país caiu em descrédito pela falta da figura do imperador e diversas rebeliões por inúmeros motivos eclodiram em várias províncias brasileiras. O período regencial durou de 1831 a 1840.

Antecedentes

Grande parte das elites da província do Grão-Pará se posicionou contrariamente a independência do Brasil, mantendo-se fiel a coroa portuguesa mesmo após a separação dos estados. Para garantir a soberania e unidade nacional, o império brasileiro organizou expedições para reprimir os redutos da colônia portuguesa em Belém.

Eduardo Angelim - último presidente do governo cabano (foto: reprodução)
Eduardo Angelim – último presidente do governo cabano (foto: reprodução)

O número de mortos a ação truculenta das tropas imperiais deixaram profundas marcas na elite local que permaneceram até o período regencial. Além disso, a situação de grande parte da população da província era de extrema pobreza e falta de recursos básicos. Não só o império, mas a regência tinha abandonado o norte brasileiro.

Os cabanos eram pessoas que moravam em pequenas cabanas nas beiras dos rios da região e eram os que mais sofriam com a falta de investimentos públicos. Com a fome e as doenças que assolavam as famílias, o clima de rebelião só aumentava, tanto no seio das elites, como no ambiente das pessoas comuns na província.

Cabanagem – revolta no Norte

Aconteceu durante a madrugada do dia 7 de janeiro de 1835 o levante que tomaria Belém, uma articulação planejada por Antônio Vinagre, Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e Clemente Malcher. Liderados por Antônio Vinagre, os cabanos marcharam até a capital da província e facilmente tomaram, executando o então presidente Lobo de Souza e o comandante das armas. O total controle de Belém deu não só suprimentos bélicos aos revoltosos, mas também a esperança do cumprimento das tendências separatistas.

Francisco Vinagre foi designado para o cargo de comandante das armas e Clemente Malcher para presidente. Apesar de ter ganho o cargo pela ação revolucionária anti imperialista, Malcher se manteve fiel a coroa brasileira e ordenou a prisão de Eduardo Angelim, fato que promoveu uma batalha entre as tropas leais a Malcher e as leais a Francisco Vinagre, que se saiu vitorioso e com o cargo de presidente provincial.

Apesar da vitória dos ideais separatistas, Francisco Vinagre, no mês de julho do mesmo ano, concordou em entregar a província as forças imperiais e ao domínio de jorge Rodrigues (novo presidente da província escolhido pelo império) caso fossem dadas as anistias aos revoltosos. Antônio Vinagre e Eduardo Angelim se refugiaram no interior e as tropas imperiais tomaram novamente a cidade de Belém.

Francisco Vinagre, apesar do acordo feito com o império, foi preso assim que a cidade foi retomada. As tropas revoltosas se organizaram e travaram uma batalha no dia 14 de agosto do mesmo com duração de nove dias, onde retomaram a cidade de Belém. Durante a batalha, Francisco Vinagre morre e Eduardo Angelim assume a presidência, declarando a independência da província. Esse fato fez com que a regência brasileira declarasse guerra ao Grão-Pará e nomeasse o brigadeiro Francisco José de Sousa para comandar as tropas imperiais.

Durante dez meses de governo cabano, a falta de recursos a inabilidade administrativa acabaram por assolar a província com diversas dificuldades. Além do contingente militar, quatro navios de guerra estavam a caminho de Belém na expedição de retomada da capital. Eduardo Angelim foge junto a grande parte de suas tropas para o interior. A província foi retomada.

O fim da revolta

O brigadeiro responsável pela retomada de Belém julgava a liberdade de Angelim um perigo a soberania do governo da província e iniciou um esforço de busca ao revoltoso. Somente em outubro de 1836, Angelim foi encontrado e preso em Belém, seguindo para o Rio de Janeiro, sendo sentenciado a prisão em Fernando de Noronha.

Apesar de ter sido preso, os cabanos revoltosos continuaram as batalhas no interior. Somente em 1840, as tropas impriais conseguiram dizimar todos os redutos cabanos contra a soberania nacional. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas morreram durante a revolta.

 

Ditadura militar no Chile resumo escolar

 Constantemente explorados pelos tratados econômicos dos Estados Unidos e assolados em suas imensas desigualdades sociais, os países latino americanos estavam divididos politicamente. Para resolver esse problema, diversas ditaduras militares foram instaladas, principalmente por pressão dos Estados Unidos e das elites industriais locais.

Socialismo no Chile

A situação no Chile era a mesma da grande maioria na América do Sul: desigualdade social. O sistema capitalista só estava favorecendo as poucas elites chilenas e apesar da industrialização do país, nada era suficiente para resolver tal problema.

General Augusto Pinochet (foto: reprodução)
General Augusto Pinochet (foto: reprodução)

Com a grande massa desfavorecida, os ideias socialistas caíram como luva no povo chileno. Pouco a pouco, os representantes socialistas conseguiram seu espaço no governo chileno, até que em 1970, o socialista Salvador Allende foi eleito presidente do Chile de forma democrática. Iniciava-se o projeto socialista no Chile.

Os projetos socialistas eram voltados para o bem estar social. Diminuição da desigualdade, nacionalização dos recursos naturais do país como o cobre. Maiores investimentos na educação, saúde e segurança. Porém, em 1973 o país estaria em crise com inflação de 300% e com o PIB em constante queda. Isso foi suficiente para que as forças armadas intervissem no governo chileno.

Ditadura no Chile

No dia 11 de setembro de 1973, as forças armadas chilenas bombardearam o Palácio de La Moneda e deflagraram o golpe militar. O presidente Salvador Allende se suicidou antes que pudesse ser capturado pelos militares. A partir de então, o Chile seria governado durante 17 anos pelo general Augusto Pinochet .

Durante seu governo, Pinochet tratou de privatizar as empresas estatais e iniciar um projeto de economia neoliberal. Abriu o mercado do país para as multinacionais e reduziu os gastos públicos. Dessa forma, Pinochet também conseguiria alinhar o país no bloco capitalista novamente.

O governo militar chileno ficou conhecido como extremamente autoritário. As perseguições aos socialistas eram claras, houve violação dos direitos humanos, o fim da liberdade de expressão, censura em todas os tipos de mídias, além de diversas torturas aos opositores do governo.

Fim da ditadura

Apesar de tudo, a desigualdade social no país se agravou mais ainda durante a ditadura e o Chile também enfrentaria problemas internacionalmente. Devido ao governo violento de Pinochet, vários países e instituições internacionais cortaram vínculos com o Chile e até mesmo relações diplomáticas. Além disso, o próprio povo chileno não queria mais a ditadura, tendo em vista que as perdas foram maiores que os ganhos.

Como era previsto na constituição chilena, um plebiscito nacional deveria em 1988 averiguar se o povo queria permanência de Pinochet ou a convocação de novas eleições para o ano seguinte. O resultado foi que a maioria preferiu novas eleições. Encurralado por pressões internas e externas, o governo militar teria de se retirar.

Em 1989, aconteceram as eleições para o eleger o novo presidente civil. Patrício Aylwin foi eleito e tomaria posse no próximo ano. Assim, o governo militar duraria até 11 de março de 1990, dando fim ao governo ditatorial e início ao governo civil.

O que estabelecia o Tratado de Tordesilhas resumo

Enquanto grande parte da Europa se organizava em novos Estados Nacionais e procurava se manter economicamente nas rotas de comércio mais prováveis, algumas nações que conseguiram uma valiosa herança náutica, inauguravam a modernidade de forma majestosa e espetacular. Os navios e a tecnologia de navegação empregada pelas nações ibéricas, estenderam os horizontes que outrora eram tão próximos da costa.

O principal motivo do desenvolvimento náutico dessas nações da península ibérica pode ter sido o avanço do império otomano em territórios africanos e europeus, impedindo que as rotas do comércio de especiarias com a Índia fosse feito por terra sem o pagamento de severos impostos. Isso aconteceu após a queda de Constantinopla em 1453, cidade que dividia o ocidente do oriente e que tinha a maior importância comercial na época. Conquistada pelos turcos otomanos, a antiga cidade já não serviria do mesmo modo aos interesses europeus.

Tratado de Tordesilhas (foto: reprodução)
Tratado de Tordesilhas (foto: reprodução)

Aproveitando-se de sua saída para o mar, Espanha (na época ainda não unificada) e Portugal, desenvolveram técnicas de navegação afim de contornar a África, chegando a Índia e voltando com segurança à península ibérica. Essa empreita durou vários anos até que em 1497, o navegador português Vasco da Gama realizou a mais longa viagem já feita em alto mar, partindo de Lisboa e chegando em Calecute, na Índia, episódio que firmaria uma longa relação comercial.

Tratado de Tordesilhas

Apesar da grande descoberta portuguesa, o reino de Castela viria a patrocinar a aventura náutica de Cristóvão Colombo, navegador genovês que, em lealdade a rainha Isabel I, descobriria o continente americano em 1492. Como as empreitas náuticas eram patrocinadas pela igreja católica e de Roma, os tratados entre Portugal e o reino de Castela também garantiam parte de terras ainda por conquistar ao sul das Canárias.

Baseado nessa Bula papal, o rei de Portugal Dom João II, reclamou ao seu país parte das terras descobertas por Castela. Para evitar uma guerra entre as nações ibéricas, a igreja católica debateu a possibilidade de acordos de partilha. O recém formado reino da Espanha (com a unificação entre Castela, Granada, Aragão e Leão) assinaria o Tratado de Tordesilhas em 2 de Julho de 1494 e Portugal assinaria em 5 de Setembro do mesmo ano.

O tratado estabelecia uma linha imaginária que dividia as terras descobertas e ainda por descobrir entre Portugal e Espanha. Essa linha se localizava a 370 léguas da Ilha de Santo Antão do arquipélago de Cabo Verde em meridiano. Os territórios localizados a Lesta da linha do tratado pertenceriam a Portugal e a Oeste pertenciam a Espanha.

Che Guevara resumo biografia

Ernesto Che Guevara é sem dúvida, um dos ícones mais fortes quando o assunto gira entorno das lutas sociais e ideias revolucionários. O guerrilheiro de nacionalidade argentina liderou a Revolução Cubana que derrubou o governo da ilha em 1959, instalando o sistema socialista, contrariando a potência norte americana.

Vencendo paradigmas e preconceitos

Muito se fala da figura histórica de Che Guevara. Muitos defendem sua postura revolucionária e ideológica, outros o criticam com discursos moralistas ou factuais que enquadram o revolucionário como violento, opressor, torturador, mercenário, dentre outros adjetivos depreciativos que acabam por denegrir tanto a imagem como o feito do indivíduo histórico.

Ernesto Guevara
Ernesto Guevara (foto: reprodução)

Antes de prosseguir, é necessário estabelecer que na História não existem mocinhos e vilões e que os conceitos de “bem” e “mau” são apenas conceitos que mudam de acordo com o ponto de vista. As personalidades históricas nunca são 100% boas, morais e encantadoras. Essas figuras históricas eram devidamente ambíguas e multipolares, assim como todo ser humano é.

As personalidades históricas foram de carne e osso, viviam em um mundo de representações econômicas, culturais e morais totalmente diferente da atualidade, e adequavam seu comportamento, atitudes, decisões, frases e ações de acordo com as circunstâncias em que se encontravam. Che Guevara não foge dessa regra. Foi um sujeito que foi movido por sentimentos, ideais, interesses e pretensões em busca de um objetivo, e que para isso, teve de tomar atitudes louváveis para uns, odiáveis para outros.

Biografia de Che Guevara

Nascido em 14 de junho de 1928 em Rosário, na Argentina, Ernesto Guevara pertencia a uma família de classe média alta no país e cresceu com muito privilégios e oportunidades. O pequeno menino nasce de 8 meses, fraco e já doente. Asmático assim como a mãe, Ernesto teve de aprender  a conviver com a doença, fato que se agravou com problemas familiares.

Teve uma boa educação na Argentina, pois o país era considerado uma benção na América do Sul, tendo a 13ª maior renda per capita do mundo. A morte de sua avó e o estado de enfermidade de sua mãe talvez tenha sido o motivo da escolha do curso de medicina na Universidade de Buenos Aires. Devido ao ingresso na universidade e ao ideias políticos, Guevara acaba por se afastar do serviço militar de seu país.

Cuba já na vitória da revolução
Cuba já na vitória da revolução (foto: reprodução)

Sua paixão por viajar era uma das características mais importantes de Ernesto. Durante as férias da faculdade, organizava suas aventuras até mesmo de bicicleta. A mais importante foi realizada em 1952, onde ele e seu amigo Alberto Granado percorreram o vasto território da América do Sul por entre os países Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Costa Rica,Guatemala e Panamá em uma motocicleta.

Durante essa viagem, Ernesto pôde presenciar as enormes diferenças e injustiças sociais que assolavam os países da América do Sul. Essa experiência ascendeu ainda mais seus ideias. Seu amigo fica em Caracas, na Venezuela, trabalhando em um leprosário e Ernesto retorna a Buenos Aires para terminar seu curso de medicina.

Após concluir o curso, Ernesto parte para o encontro de seu amigo em Caracas. Os motivos de sua partida podem ter sido uma mesclagem de descontentamento familiar, político (era contra o peronismo) e ideológico. Apesar disso, é encorajado a partir para Guatemala por um fugitivo de Perón. Nesse país, Ernesto teve uma vida difícil devido o desemprego. Lá conhece Hilda, com quem se casaria em 18 de agosto de 1955. Nesse mesmo país, Ernesto recebe o famoso apelido “Che”.

Após tensões políticas entre o governo recém eleito na Guatemala com os interesses norte americanos, Che Guevara parte para o México, onde inicialmente ganha a vida como fotógrafo e trabalhando em um hospital. Nesse país, Guevara conhece Fidel e Raul Castro, que estavam montando uma guerrilha para derrubar o governo de Cuba. Ernesto então parte para Cuba e torna-se um dos médicos de tropa em 1956.

Mausoléu Guevara (foto: reprodução)
Mausoléu Guevara (foto: reprodução)

Aos poucos abandonou a medicina e tornou-se comandante da guerrilha. Após intensos combates armados, a guerrilha vence em 1959, consolidando a Revolução Cubana. Com a vitória militar e ideológica, Che Guevara torna-se cidadão cubano e assume alguns cargos públicas de grande importância no novo regime.

Apesar do sucesso de empreita, Che Guevara acreditava que toda a América Latina deveria passar por sucessivas revoluções para contornar os problemas sociais e transformar a realidade. Deixa a vida burocrática em Cuba e inicia uma guerrilha na Bolívia em 1965. Na Bolívia, as coisas foram mais difíceis e o apoio e pressão norte americana permitiram que o combatente revolucionário fosse cercado e capturado no dia 8 de outubro de 1967. No dia seguinte a sua prisão, foi executado por um soldado que cumpria ordens militares.

Os restos mortais de Che Guevara só foram encontrados em 1997, os quais foram levados para Cuba e permanecem no mausoléu Guevara, na cidade de Santa Clara, próxima a Havana.

Governo de Getúlio Vargas resumo

Com  a deflagração da Revolução de 1930, poe-se fim a República Velha e inicia uma nova era na história política brasileira, essa que ficou famigerada como Era Vargas, período no qual Getúlio Vargas presidiu o país. O governo varguista foi berço para uma série de mudanças políticas e  econômicas, mas também  foi palco de dualidades.

Vargas foi o presidente que ficou ininterruptamente no poder por maior tempo, ao todo foram mais de 15 anos, usualmente divididos em Governo  Provisório – 1930 à 1934, Governo  Constitucional – 1934 à 1937 e o Estado Novo – 1937 à 1945. Getúlio Vargas foi ainda, reeleito em 1950, todavia  não nos ateremos ao  esse segundo mandato presidencial.

O governo VargasResumo Getúlio Vargas

Nas próprias palavras de Getúlio, o governo germinal em 1930 teria caráter provisório, logo que assume a presidência ele inicia uma série de medidas afim de tornar mais sólida a sua regência. Todas as oligarquias foram dissolvidas permanecendo  apenas a gaúcha e a mineira. Tanto o  poder legislativo quanto o judiciário passaram  a ser exercidos pela presidência. Essas mudanças expressam  a postura centralizadora assumida pelo Estado.

Em retalhação, as antigas oligarquias  entraram em conflito na revolução constitucionalista de 1932, cuja principal revindicação era a convocação imediata da Constituinte. Os insurretos foram suprimidos, entretanto os anseios foram atendidos e em 1934 foi  perpetrada a constituição que, dentre outras coisas, instituiu o voto secreto, o voto feminino e leis trabalhistas.

Governo Constitucional

Graças ao populismo que consagrou o governo provisório, vargas conseguiu esteio para mais um mandato, doravante chamado Governo Constitucional, no  seu âmbito a contenda duas frentes político-ideológicas já demostrava o quão conturbado seria os tempos seguintes. De um lado estava a AIB ( Ação Integralista Brasileira), simpática ao fascismo de Mussolini e do outro a ANL ( Aliança Nacional  Libertadora) imbuída em ideias marxistas, aderente a uma conjunto de convicções socialistas.

Intentona Comunista

Articulada com o comunismo soviético,  a ANL irrompe a “Intentona Comunista”, que por falta de um apoio mais amplo os contraventores são rapidamente controlados, no entanto isso serviu de artifício para que Vargas decretasse estado de sítio no país, apoiado por cafeicultores e pelo exercito, temerários à ameaça comunista. O poder executivo e o legislativo passam a ser exercidos simultaneamente pelo presidente, iniciando assim o período ditatorial conhecido como estado novo.

Em 1937 em resposta ao Plano Cohen, um suposto projeto comunista para a tomada do poder, Getúlio Vargas anuncia o  estado novo. Desde 1935 o governo o investia pesado  na campanha anticomunista, o que reverberou no grande apoio populacional ao golpe. Substituiu a constituição de 34 pela famigerada “Polaca”, devido a proximidade conjuntural com a constituição fascista polonesa.

Medidas da ditadura varguista

Dentre as principais medidas da ditadura varguista se destaca a  censura e domínio  midiático através  do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), repressão a inimigos políticos e militâncias; continuou desenvolvimento de um estatuto trabalhista criando  a CLT ( Consolidação das Leis de Trabalho), atuou em prol do nacionalismo econômico, promulgou o Código de Processo Penal, balizou ainda os preceitos do salário mínimo, do descanso semanal remunerado e  da Carteira de Trabalho.

Quando o Brasil sai da neutralidade e apóia o grupo dos Aliados na Segunda Grande Guerra, instaura-se uma dicotomia no âmbito político, visto que a organização interna brasileira se aproximava do fascismo, embora dependesse economicamente dos Estados Unidos. Com a derrota dos países do Eixo, a oposição a Vargas toma maiores dimensões. Devido as pressões, eleições gerais foram instituídas e presos políticos anistiados.  O ganhador do  pleito foi o  general Eurico Gaspar Dutra, destarte finda o estado novo.