Como processar uma pessoa por calunia?

Processar uma pessoa por calunia

Caluniar, difamar ou dizer mal de alguém (sem provas) é um ato que virou crime no Brasil. Qualquer pessoa que se sentir caluniada, tem total direito de procurar um órgão judicial e abrir processo contra aqueles que falaram falsamente sobre ela. Esse é um caso que cabe a todos que se sentirem ofendidos devido o ato ou fala de alguém.

Antes de iniciar o processo para obter os seus direitos, você precisa tomar partido de algumas coisas. Entender o que realmente a calunia quer dizer é o primeiro passo, fora dos termos estabelecidos, é impossível dar queixa contra alguém. Veremos em seguida o significado de calunia e difamação pelo nosso dicionário brasileiro.

Calunia = “Atribuir falsamente a alguém a prática de um ato previsto como crime.”

Difamar = “Atribuir a alguém algo ofensivo à sua reputação.”

Entenda os direitos de quem é caluniado ou difamado.
Difamação (Foto: Reprodução)

Ambos são crimes de honra, que significam basicamente aquilo que é importante para um e foi afetado por outrem. Também é importante que dê créditos à Lei nesse momento, saber o artigo correto pode ajudar. Os crimes de honra estão classificados no Artigo 138 do Código Penal.

Depois disso, reúna todas as informações e provas que puder sobre tal calunia, precisará de algumas testemunhas (no mínimo 3). O seu advogado deve ser contactado desde o primeiro momento. Ele indicará algumas leis que atribuem a você o direito de se “defender”, sendo essas:

  • Calunia = Artigo 138 do Código Penal
  • Difamação = Artigo 139 do Código Penal
  • Injúria = Artigo 140 do Código Penal

Depois de todas essas provas e testemunhas reunidas, basta se dirigir à Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa e registrar um B.O (boletim de ocorrência). Depois de uma análise junto a esse órgão, será possível identificar se há ou não a necessidade de abrir processo.

Após a ocorrência da difamação você terá apenas 6 meses para registrá-la. Necessitará nesse caso de testemunhas e o processo poderá ser arquivado por pequenas causas. Em alguns casos não há necessidade direta da representação do advogado, contudo é interessante tê-lo.

Importante!

O problema pode se tornar contra você caso não consiga provar que houve calunia. Se isso ocorrer, quem pagará indenização é você. Existe uma lei contra pessoas que fazem denúncias sem provas, precisamente no Artigo 339 Código Penal. Essa pode levar o denunciador de 2 a 8 anos de detenção e multa.

É muito importante identificar quando é verdadeiramente uma calunia ou somente insinuações.  Indicamos que, antes de mais nada, procure entender os trâmites através de um advogado que lhe cobrará honorários. Dessa forma é mais fácil obter sucesso em sua empreita.

Entenda como foi o processo da independência do Brasil

A América Portuguesa, como pode ser chamada, tratava-se do território que hoje denominamos como República Federativa do Brasil. Porém, antes de chegarmos a constituir uma república, o Brasil foi colônia de Portugal, sendo parte integral desse grande império.

Como sabemos, as colônias eram utilizadas para extração e produção de riquezas para que pudesse abastecer as metrópoles e configurar relações econômicas para benefício do império. Os portugueses que vinham ao Brasil e até mesmo os que nasciam aqui, deveriam pagar tributos, produzir só o que lhes era permitido e manter relações econômicas apenas com Portugal.

Por si só, isso já deixava grande parte da elite local extremamente dependente das corte. Os comerciantes eram limitados e os lucros muito difíceis de se obter. Esses motivos suficientes foram para declaração da independência de diversos países da América do sul e talvez até do Brasil. Mas o que mudaria o cenário da colônia seria a chegada da família real portuguesa.

Precedentes da Independência 

No início do século XIX, Napoleão Bonaparte iniciaria sua expansão militar pela Europa, derrubando as monarquias de diversos países e mudando conceitos, visões de mundo e estruturas políticas. Os avanços militares de Napoleão chegariam a Espanha e marchariam à Portugal.

Quadro representativo do momento da independência - não é um retrato fiel do momento. (foto: reprodução)
Quadro representativo do momento da independência – não é um retrato fiel do momento. (foto: reprodução)

Para evitar que o império português fosse tomado pelos franceses, o rei Dom João VI decide fugir para o Brasil, colônia portuguesa que oferecia o melhor suporte para receber a realeza. Dessa forma, Napoleão não poderia se apossar do império português e dificilmente iniciaria uma empreitada marítima.

Ao chegar no Brasil em 1808, Dom João VI promove uma série de mudanças estruturais no Rio de Janeiro, para que a cidade se tornasse a capital do império. Sim, a antiga colônia agora se tornaria sede do Império Unificado em Portugal, Brasil e Algarve. Nesse momento, o Brasil deixa de ser colônia e passa a ter grande importância no império.

Isso se refletiu também na economia. Finalmente o Brasil poderia comercializar livremente com as nações aliadas e uma série de outros benefícios foram autorizados pelo rei. As mudanças podem ser consideradas drásticas e uma quantidade considerável das elites brasileiras se contentaram com a situação.

Motivações para independência

As coisas em Portugal não estavam boas, abandonados pelo próprio rei, o povo português aprovou uma nova constituição e exigiu o retorno do antigo monarca à Lisboa e Dom João VI acata o pedido do português. Os mesmos exigiam, dentre muitas coisas, que a capital do império retornasse à Portugal e que o Brasil fosse rebaixado à condição de colônia novamente.

A agitação política no país foi imensa. Grande parte dos comerciantes, nobreza e os principais agentes políticos do país se mostraram contrários a essa situação. O Brasil havia se acostumado com as novas condições de reinado e se rebaixar a colônia novamente significaria o fim de muitas regalias, do comércio fora do pacto colonial, dentre outros fatores.

Pedro, herdeiro do trono, que havia ficado como príncipe regente no Brasil, tentava se manter no grande alvoroço que estava acontecendo. Houve o clássico “Dia do Fico”, onde após receber uma mensagem de Portugal exigindo sua volta, mas Pedro decide ficar no Brasil.

A independência

O príncipe Pedro começou a tomar providências que claramente eram contra os interesses de Lisboa. Aprovou uma assembléia constituinte no Brasil e delimitou que nenhuma lei de Portugal seria soberana no Brasil sem a aprovação dele próprio. Além disso, Pedro criou a Marinha de Guerra e expulsou tropas portuguesas da costa brasileira.

Durante uma viagem de Santos à São Paulo, o jovem príncipe recebe outra correspondência de Portugal, onde a corte portuguesa refutava completamente suas atitudes e exigiam seu retorno à Portugal. Já cansado da situação e tendo em mente os conselho de seus ministros, Dom Pedro declara a independência do Brasil, com a famosa frase “Independência ou Morte!”.

Apesar de não ser brasileiro, Dom Pedro I tornou-se o primeiro monarca do império brasileiro. Ele também recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil, devido ao ato de proclamar a independência e lutar contra Portugal para legitimar sua decisão. De fato, o Brasil deixou de ser colônia de Portugal.

Como e feito o transplante de medula óssea

O transplante de medula óssea é um procedimento que possibilita o tratamento mais rápido e eficaz de pessoas com certos tipos de câncer e complicações leucêmicas, dentre outras doenças do sangue. O processo é realizado em três etapas relativamente simples que começa na doação da medula, a preparação do paciente para recebe-la e o transplante.

Transplante da medula óssea
Transplante da medula óssea

Primeira etapa:

É necessário achar um doador que esteja disposto a passar pelo procedimento. A maneira mais utilizada para tirar a medula óssea, é a tradicional por aspiração na bacia. O processo é relativamente simples. O doador deve tomar uma dose anestésica para impedir que este sinda dores ou desconfortos. Uma agulha é administrada pelo profissional e chegará até a bacia.

A colheita deverá encher uma bolsa de sangue e para isso, todo o processo durará entorno de 60 minutos. Após isso, o doador se recuperará – produzira tudo o que lhe foi retirado – em uma semana. O procedimento não deixa cicatrizes nem marcas.

Segunda etapa:

O receptor ou paciente terá de ser submetido a algumas etapas de quimioterapia para receber o transplante de medula. Nesse procedimento químico, o paciente terá de ficar isolado e a base de medicamento específicos, para não correr riscos de infecção, evitando sofrer tanto com os sintomas, já que a quimioterapia consequentemente reduzirá a imunidade do corpo.

Terceira etapa:

O transplante é realizado no paciente mas este deverá continuar em isolamento por aproximadamente 15 dias, pois é o tempo que as células tronco levam para se reproduzirem e adentrarem na corrente sanguínea. Quando isso finalmente ocorre, as chances de cura do paciente se multiplicam, sendo que a maioria deles conseguem  atingir à cura ou um nível controlado de sua doença.

Como declarar falência de uma empresa

O procedimento de falência pode ser necessário para uma empresa com dívidas.
O procedimento de falência pode ser necessário para uma empresa com dívidas.

Com o andar da economia brasileira, sempre para frente e avante, firme e segura, muitos microempresários começam seus negócios na esperança de fortaleceram a empresa consolidarem-se no mercado. Esses pequenos investidores normalmente utilizam suas economias para por em prática o planejamento empresarial que fizeram e sua ideia empreendedora.

Mesmo com a economia boa e o mercado cada vez mais abrangentes, muitas empresas podem desmoronar por falta de investimento preciso, má administração, falha nas previsões de mercado ou o acúmulo desregrado de dívidas contraídas para o empreendimento.  Essas empresas, quando não possuem mais condições de operar em saldo positivo, devem declarar falência.

Para uma empresa declarar estado de falência, o proprietário deve analisar a atual situação da mesma. Se a empresa não tem possibilidades de atuar no mercado de forma vantajosa, não tem possibilidades de atuar e manter os pagamentos em dia aos credores ou não tenha possibilidade de lucro necessário para o pagamento de dívidas, essa empresas deve entrar em falência. Caso contrário, a declaração pode ser negada.

Quando é declarada a falência, os bens da empresa e proprietário são vendidos para pagar tudo o que esta deve ou ao menos o que for possível aos credores. Dessa forma, o proprietário muitas vezes pode sair sem nada, mas pelo menos sai sem dívidas para pagar. Também pode acontecer do proprietário não querer vender todos os bens. Nesse caso, é dado um tempo de 5 anos para o pagamento das dívidas.

Uma vez estipulado os prazos, os credores não mais poderão fazer cobranças diretamente. Para declarar, é aconselhável ter um bom advogado que apresentará os documentos comprovando a situação da empresa ao juiz. O advogado também apresentará ao juiz, a maneira da qual você pretende pagar as dívidas aos credores e em quanto tempo será.

Após esse processo, será aviso a declaração da falência de sua empresa aos seus credores. As condições da empresa serão analisas para que seja confirmado o estado de falência, só assim e com a aprovação do tribunal, a empresa passará a não mais existir para fis comerciais e não havendo nenhuma complicação, o tribunal decidirá a falência e a medida de pagamento das dívidas.

Fatos que antecederam a independência do Brasil

Principe Regente
D. Pedro foi o Príncipe Regente do Brasil e declarador da independência.

Geralmente, estudamos a independência do Brasil de forma muito vaga e sem sentido nos colégios. Explicar apenas o grito da independência não abarca os significados processuais necessários para entender o porque se deu essa decisão de D. Pedro na colônia.

Para melhor explicar, nossa viagem ao passado começa na vinda da Coroa Portuguesa ao Brasil, fugida dos ataques de Napoleão. A vinda da coroa ao Brasil trouxe muitas melhorias não só ao Rio de Janeiro mas a toda a colônia. Desde infra estrutura a arte, cultura – não que se tenha “melhorado” a cultura, mas no sentido de se implantar outros traços culturais na colônia que se misturaram com os já presentes aqui -, progresso tecnológico, acadêmico, entre outros. Mas o principal talvez tenha sido a liberdade econômica da colônia brasileira, que nesse momento não era mais colônia e sim a sede do império de Portugal, Brasil e Algarves.

Dessa forma, o pato colonial não mais existia e o Brasil começou a estabelecer relações comerciais com outras nações do mundo, inclusive com a Inglaterra, que obteve muitos benefícios com a ajuda na fuga da Coroa. Isso despertou um progresso econômico mas também algumas revoltas tanto no Brasil como em Portugal.

A Revolução Pernambucana já mostra os traços de sentimentos republicanos e separatistas. Mesmo a colônia agora sendo a sede de todo o reino, D João centralizou demais o poder na província do Rio de Janeiro, deixando as demais desfavorecidas. Mesmo com a revolução suprimida pelo reino, a ideia do descaso da coroa ecoou pelo país. Em Portugal, acontecia a Revolução Liberal do Porto, na qual o povo português exigia o retorno de D. João a Portugal e que este jurasse fidelidade a uma nova constituição e parlamento constituído por representantes de todas as camadas sociais portuguesas e líderes das colônias, que recolocasse o Brasil na condição de colônia e juntamente ao pacto colonial.

Para resolver essa situação, D. João retorna a Portugal e deixa no Brasil D. Pedro, o Príncipe Regente. As forças políticas do Brasil estavam conturbadas com a colta do rei a Portugal e não queriam perder os benefícios que o Brasil estava obtendo com a presença da coroa. Os partidos Portugueses, Brasileiros e Radicais defendiam opiniões diferentes sobre o futuro político do país. O Príncipe Regente no entanto, tinha simpatia com o partido dos Brasileiros por apoiarem a permanência da monarquia.

Logo, as ordens da Coroa Portuguesa chegariam. D. João exigia que D. Pedro voltasse a Portugal e que o Brasil voltasse aos domínios portugueses. Nesse momento a política brasileira (partidos Brasileiro e Radical) deu um salto rumo a independência ao unir-se contra as medidas de Portugal. A elite paulista posicionava-se estritamente contra a volta de D. Pedro a Portugal.

Essas movimentações políticas influenciaram a permanência de D. Pedro no Brasil e a defesa dos interesses brasileiros por parte dele. A proclamação da independência aconteceu pelos nervos aquecidos do jovem príncipe no Brasil ao receber uma carta que exigia mais uma vez a sua volta para Portugal e submissão a Coroa. Os interesses políticos e econômicos giravam entorno de um país independente dos desejos coloniais de Portugal e não haveria escolha a não ser romper a ligação entre colônia e metrópole.