Diferença do voto nulo e branco

O Estado Democrático de Direito que vivemos atualmente na República Federativa do Brasil nos permite votar, mesmo que obrigatoriamente, para escolher nossos representantes e líderes políticos por um período de tempo. O voto é a maneira de exercer a democracia por excelência, cabendo a cada indivíduo social refletir sobre o futuro de seu país e aplicar suas convicções políticas nas urnas.

Esse ano os cidadãos brasileiros precisam votar para elegerem os deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o presidente da República. Se você já tem seu o candidato para cada categoria política e não sabe ao certo como votar, não se desespere! Nós aqui do DicasFree preparamos um guia fácil para você aprender tudo o que precisa saber na hora de votar.

Branco, Vermelho e Verde

Depois de haver escolhido os candidatos para as cinco categorias políticas desse ano, recomendamos que você imprima ou escreva uma “colinha” para não se esquecer, afinal, são muitos números. Quando chegar na urna, você se deparará com um teclado numérico e três teclas logo abaixo com as cores branco, vermelho (ou laranja) e verde.

Branco, vermelho, verde (foto: reprodução)
Branco, vermelho, verde (foto: reprodução)

Voto em Branco

Se apertar no branco, você direciona o seu voto para a legenda que estará ganhando. Por exemplo, se você apertar “branco” na categoria de senador, você estará dando o seu voto para o senador que estiver liderando no número dos votos. A tecla vermelha servirá para corrigir caso você tenha errado o número na hora de digitar.

Por fim, a tecla verde confirma o seu voto. Quando pressionada, um som rápido de bipe característico tocará e a categoria seguinte para o voto aparecerá na tela.

Ordem dos votos

A primeira categoria que aparecerá para receber o seu voto será a de Deputado Estadual. O candidato deverá ter 5 dígitos. A segunda, Deputado Federal, com 4 dígitos. Para senador são 3 dígitos. Para governador são dois dígitos e por fim, para presidente, também dois dígitos.

Voto Nulo

Caso você pretenda votar em nulo, ou seja, anular o voto permanentemente (não confunda anular com votar em branco), basta digitar dois zeros e apertar a tecla verde (confirma).

Agora que você já sabe de tudo que precisa para votar, basta apenas pensar bem nas escolhas dos seus candidatos e partir para votação no domingo. O futuro do país está em suas mãos!

Quem pode ser papa

Vários cargos existentes nas mais diferenciadas religiões, possuem seu trâmites burocráticos para serem ocupados. Como não poderia ser diferente, o Papado, cargo este ocupado pela autoridade suprema da igreja católica, também segue uma série de parâmetros para ser ocupado. Por ser uma das funções mais antigas no mundo, envolve muitos rituais, embora alguns já tenham sido descartados como forma de acelerar o procedimento de escolha de um novo papa.

Além dos quesitos necessários para a candidatura ao cargo de papa, existem algumas determinações que devem ser seguidas pelo mesmo. O cargo de tamanha autoridade, é vitalício, ou seja, a pessoa do Papa fica nesse cargo até a sua morte. Mas de acordo com a lei, o papa pode renunciar a qualquer momento, como aconteceu com o Papa Bento XVI, que aleou estar com a saúde debilitada para atender as obrigações que o cargo exige. Antes dele, somente há cerca de 600 anos, ocorreu uma renúncia do papado, com Gregório XII em 1415.

PAPA JOAO
Papa João Paulo II, considerado o papa mais popular que já existiu.

No caso de morte, são realizados alguns rituais, o primeiro passo é o exame feito por um médico para que cheque se há sinais de vida no Papa e o Cardeal Camerlengo, chama seu nome verdadeiro por três vezes, para enfim confirmar a morte. Retiram-no então seu Anel do Pescador, para destruí-lo, uma vez que o símbolo é único para cada Papa. O período que corresponde a morte do Papa e a nova eleição é denominado como Sede Vacante que significa “assento vago”. Os membros administrativos da Igreja também renunciam, com exceção do Camerlengo, do Cardeal Vicar de Roma e o chefe das Celas Apostólicas.

A eleição de um novo Papa irá acontecer de maneira devagar, justamente porque é preciso aguardar a chegada dos Cardeais que não estão presentes em Roma. Quando se totalizam, todos se resguardam em conclave, um local reservado em que todos os Cardeais, com idade inferior a 80 anos, ficam incomunicáveis no local e isolados do mundo. São acomodados em aposentos especiais, anexos à famosa Capela Sistina para não ocorrer o assédio ou vazamento de informações.

conclave
Conclave , reunião onde s e escolhe o novo papa.

Os cardeais recebem então um papel com a frase – Eligo in summum pontificem,“Eu elejo como pontífice supremo.” Nele é escrito o nome da pessoa que escolhe como papa, o dobra duas vezes e o deposita no cálice disposto num altar. Nesse momento se faz o juramento: “Eu chamo como testemunha Cristo, o Senhor, que será meu juiz. Meu voto é para aquele que perante Deus acredito merecer ser eleito”. Após a votação de todos, três Escrutinadores contam e cada voto é lido em voz alta,s e não há um número necessário, os votos são queimados, e recomeça a eleição.

O eleito ao papado deve ter de votos, a maioria de dois terços mais um. Se necessário são feitas duas votações, pela manhã e pela tarde, para que se consiga um resultado em até 12 ou 13 dias. Se não ocorrer nesse tempo, os cardeais podem escolher impor um voto majoritário, que dará o cargo para quem tiver a maioria simples. Ao escolher um novo papa, é feita uma anunciação prévia a través da fumaça branca que sai da chaminé da Capela Cistina.

Superficialmente, não existem fatores que influenciam na escolha do papa, como origem, sua nacionalidade, cor da pele e etc. Sendo assim como ser afirmado de maneira teórica que qualquer adulto do sexo masculino pode ser eleito papa. Porém na prática, só cardeais têm sido escolhidos, uma vez que para ocupar o cargo de papa, é preciso que a pessoa tenha o episcopado, isso implica em ter seguido os seguintes cargos – leigo, diácono, sacerdote, Bispo e Cardeal. Podem ser eleitos, mas não assumem o cargo de autoridade suprema da Santa Sé.

Qual presidente brasileiro ficou conhecido como o presidente da vassoura

Nas eleições de 1960 o Brasil pode presenciar uma das campanhas políticas mais interessantes que já se teve. Depois de ser eleito vereador, deputado, prefeito e governador do Estado de São Paulo, o campo-grandense Jânio Quadros decidiu então se candidatar a presidência do país.

Lançado pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN), Jânio também recebeu o apoio da União Democrática Nacional (UDN). Mesmo com mantendo um estilo um pouco diferente chegando a ser estranho com seus cabelos bagunçados, gesticulação elétrica e mania de comer sanduíches de mortadela durante os comícios, se tornou destaque entre os demais candidatos, se transformando em uma mania nacional.

presidente
Jânio Quadros foi o vigésimo segundo presidente do Brasil, que governou de 31 de janeiro a 25 de agosto de 1961.

Com em toda campanha política havia símbolos que representasse o candidato ou suas ideias, Jânio optou por usar a imagem de vassoura, que simbolizava o combate à corrupção no país. A partir daí foi criado como marketing de força da campanha, o jingle “Varre, varre, vassourinha”, um dos mais conhecidos da história política nacional.

Com muita confiança Jânio Quadros foi eleito com 48% dos votos sem precisar do auxilio dos grandes partidos da época. Mas ganhar a eleição não era o grande problema, era preciso conseguir governar o país. Tempos mais tardes, o então presidente se viu em uma situação um tanto complicada, a maioria dos partidos que compunham as esferas do governo não eram aliados a ele, o que acabava impedindo alguns comandos.

Por causa da aliados políticos, Jânio Quadros constatou que seria impossível delegar a frente do Brasil sem a maioria no Congresso. Em 21 de agosto de 1961, cerca de oito meses após ser empossado, o candidato da vassoura recorreu pela renúncia, como forma de uma estratégia para que pudesse retornar ao poder através da apelação popular, mas a atitude foi vã e logo o país se recuperou do choque.

A Carta da Renúncia foi enviada ao Congresso em 25 de agosto do mesmo ano, e rapidamente foi proclamada por locutores através da rádio e também nas manchetes dos jornais, deixando o país, perplexo sobre a decisão do presidente.