Classes sociais brasileiras de acordo com a renda familiar

Uma das heranças provenientes do capitalismo é sem dúvida a pobreza e a distinção de pessoas. O liberalismo econômico que tanto fez crescer os países não resolveu por si só o problema da igualdade em todos os aspectos, inclusive do aspecto social.

Para justificar a igualdade entre todos os seres humanos presentes e participantes do âmbito nacional, põe-se o discurso de que todos tem chances iguais de ascensão social. Hoje sabemos que tal afirmação é uma grande besteira, pois simplifica milhares de processos históricos, como também milhares de situações diferentes entre as mais complexas sociedades em uma frase simplista e falso moralista.

capitalismo nos dias de hoje

A lógica capitalista pressupõe a exploração de uma grande quantidade de pessoas para que a máquina econômica possa funcionar e para que grupos reduzidos possam ser donos da grande maioria do capital e poder aquisitivo. Não há possibilidade de igualdade nesse sistema. Para aliviar esse problema, as políticas públicas do estado empregam leis que garantam bons salários e direitos trabalhistas que garantam o mínimo de dignidade possível.

Porém, países em que a maioria as pessoas vivem relativamente em condições aceitáveis como nos Estados Unidos, a situação só é possível pela exploração de outras pessoas em outros países pelas multinacionais americanas, cuja mão de obra é muito mais barata que em seu próprio país.

Essa distinção entre poder aquisitivo forma o quadro de classe social. Hoje, dividimos simplesmente analisando a renda mensal ou anual dos indivíduos. Segue abaixo, uma relação as classes sociais brasileiras.

Classes sociais brasileiras de acordo com a renda familiar de 4 pessoas:

Classe A1 R$ 38.933,88 – 1% da população brasileira.

Classe A2 R$ 26.254,92 – 4% da população brasileira.

Classe B1 R$ 13.917,44 – 9% da população brasileira.

Classe B2 R$ 8.050,68 – 15% da população brasileira.

Classe C1 R$ 4.778,12 – 21% da população brasileira.

Classe C2 R$ 2.905,04 – 22% da população brasileira.

Classe D R$ 1.939,88  – 25% da população brasileira.

Classe E R$ 1.106,80 – 3% da população brasileira.

Quais as classes sociais

As classes sociais não são um conceito pré definido e levado em consideração desde sempre. Foram uma ideia de análise social que se viu ainda mais desenvolvida nas obras de Karl Marx, que definiu e classificou principalmente, proletários e burgueses, ou donos dos meios de produção.

A análise marxista foi feita em um tempo onde a sociedade europeia ainda se articulava para enfrentar as novas dinâmicas de trabalho e os governos não se preocupavam com as condições dos trabalhadores, nem os concedia direitos trabalhistas. Desde então, o conceito de classes sociais vem sido bastante utilizado para representar grupos mais ou menos privilegiados na sociedade.

Classes sociais no Brasil

No Brasil, as classes sociais são dividas de forma simplória e intuitiva no enquadramento. Basicamente, a sociedade brasileira pode ser dividia em três partes, evidenciando o poder aquisitivo, os tipos de profissão que cada um abarca e a qualidade de vida atribuída a elas.

Contraste entre classes sociais
Contraste entre classes sociais

Classe Baixa

É a classe com menor poder aquisitivo e também com a menor qualidade de vida. Geralmente, a classe baixa é desprovida de necessidades básicas como saúde, alimentação e lazer. Os baixos salários e trabalhos desvalorizados pelos demais setores impedem uma grande capacidade de consumo.

Classe Média

Atualmente, representa pouco mais de 50% da sociedade brasileira. A classe média dispõe de grande capacidade e consumo, mesmo que essa capacidade seja limitada em alguns setores. Possui um acesso maior a saúde, educação, alimentação, lazer e entretenimento, porém ainda não com a qualidade esperada.

Apesar disso, a classe média pode variar de região para região e se for vista em um conceito geral, varia muito em cada país. É normalmente composta de pequenos empresários, proprietários de terras, universitários, etc.

Classe Alta

A classe alta é o topo da sociedade, onde os indivíduos não encontram dificuldades para suprir as necessidades como educação, saúde, alimentação, lazer, entre outros, e possuem uma grande capacidade de consumo em todos os setores. Nessa classe, enquadram-se grandes proprietários de terra, grandes empresários, grandes industriais e etc.