História grega

Os gregos definiram grande parte do costume ocidental. As heranças desse povo permeiam em nosso sistema político, esporte, performances teatrais, vários conceitos artísticos de estética, simetria, engenharia, tecnologias de navegação, comércio, táticas militares, filosofia, dentre outros. Essas heranças que foram deixados por eles ( gregos), que aproximam-nos mas simultaneamente nos deixam distantes dessa realidade.

A Grécia inventou e reinventou o mundo. Se preocupou com diversas questões, se adaptou e desenvolveu prósperas e organizadas cidades estado. Mas quais são as origens dessa civilização tão importante? Como os primeiros gregos se desenvolveram e quais foram suas conquistas?

Grécia – das origens

Antes da Grécia existir, é importante saber que “os gregos” não eram caracterizados por serem um só povo. Na realidade  a civilização grega foi formada, basicamente, por quatro tribos indo-europeias, cada uma com suas particularidades e aptidões. As tribos eram os Aqueus,  EóliosDórios e os Jônios.

Templo grego em Atenas
Templo grego em Atenas

Essas tribos migraram para a península Balcânica cerca de 2000 a. C. e encontraram uma região montanhosa, fator que ajudava o isolamento de cada tribo (mais tarde, cidades). A distância e isolamento das tribos fez com que cada um se desenvolvesse, impedindo uma possível unificação. Os gregos se espalharam por várias ilhas do mar Egeu, pela península Itálica e Ásia menor.

Essas cidades também não possuíam condições para a agricultura em larga escala, devido a região acidentada ( bastante montanhosa). A civilização grega vivia, basicamente, da escassa produção agrícola que tinha, intensas trocas comerciais pelo mar e pelos saques em outras civilizações e também entre as próprias cidades gregas.

As semelhanças

Os gregos eram parecidos entre si e ao mesmo tempo diferentes. Isso aconteceu pelo fato deles compartilharem uma mesma cultura, variando alguns detalhes regionais em cada cidade. Enquanto a cidade de Atenas se concentrava em desenvolver o comércio e a política, a cidade de  Esparta concentrava suas forças para o desenvolvimento militar, por exemplo.

Com o tempo, as cidades foram se organizando e espaços políticos começaram a se caracterizar como fatores essenciais. Por volta do século VIII a.C. as primeiras pólis gregas adquiriram força e expressividade política em sua organização e estilo de vida. Essas pólis também são chamadas de cidades estado, por serem totalmente autônomas economicamente, terem governo, leis e costumes próprios.

As semelhanças culturais fizeram com que os povos gregos se reconhecessem como pertencentes ao mesmo mundo, unidos pelas práticas culturais em comum e religião. Dessa forma, as olimpíadas, por exemplo, se tornou um evento de importante integração entre as cidades gregas, que deveriam pausar  as guerras entre elas para realizarem os jogos olímpicos.

O teatro também tinha grande expressividade e podia ser apresentado, também, em caravanas que passavam por várias cidades gregas. Foi no teatro grego que surgiu o ” gênero dramático” conhecido hoje como dramaturgia. Os autores gregos tentavam evidenciar as transformações dos antigos costumes do “povo” principalmente em mitologias.

Características gerais

Os conceitos de democracia, debate político, organização de estado, entre outros fatores de gestão pública, foram desenvolvidos pelos gregos e estão presentes até hoje nas sociedades ocidentais. Atenas foi a primeira cidade a utilizar o regime democrático, utilizando-se também do espaço público para o debate, o que era chamado de Ágora.

Os gregos formaram diversas alianças como a Liga de Delos, Liga do Peloponeso e a Liga Calcídica, tanto em conflitos uns contra os outros, como para combaterem um inimigo “bárbaro” em comum.  Apesar da organização militar, a Grécia foi dominada diversas vezes durante sua história por outros povos.

Alexandre, o grande, por exemplo, foi um grande conquistador macedônico que anexou a maior parte da Grécia á seu vasto império expansionista. As influências gregas eram notoriamente perceptíveis no próprio Alexandre e em seu império, fator que foi transpassado aos próximos conquistadores e também ao império romano, que tratou de sofisticar e utilizar dos conceitos gregos para arquitetar sua própria cultura.

Como é fundada a Civilização Freud?

Civilização Freud

Os conceitos de Sigmund Freud, mais conhecido por Freud, são diferentes de, alguns, outros médicos na área da psicanálise. Um dos pontos mais interessantes sobre a obra “O Mal-Estar na Civilização” é o fato de não haver distinção da parte do neurologista em relação a cultura e civilização.

Seus conceitos mostram que o mesmo acredita fielmente, que a civilização é tudo aquilo que difere diretamente o homem do animal, o afastando consequentemente da natureza. Desta maneira, é possível afirmar que acredita-se no controle do homem diante a natureza, conjuntando regras que são capazes de reger relacionamentos.

O ponto principal da obra, está sobre a cultura como fator principal. Segundo Freud, é a mesma que produz o “mal-estar” humano. Tendo em vista, a existência do antagonismo intransponível localizado ao meio das exigências da pulsão e civilização presente entre os seres.

Freud foi um médico neurologista, conhecido por ser criador da psicanálise
Freud (Foto: Reprodução)

Também avistamos facilmente, a ideia que Freud apresenta, sobre a presença de um “pai de todos”. Este se encontra como dono de todas as mulheres e da vontade absoluta do mundo, em suas características a que se distingue principalmente é a onipotência. Em contínuo a história, esse mesmo pai seria assassinado por todos seus filhos.

Com o decorrer do percurso seria estabelecido então uma espécie de contrato social, capaz de impedir que qualquer um dos assassinos pudessem tomar o lugar do pai. Desta maneira, aconteceria a civilização, marcada por uma história consideravelmente cruel e “organizada socialmente”.

A obra nos orienta que todos os homens (nós) somos inimigos da civilização. Isso foi considerado, a partir do fato em que se pode notar tendências destrutivas, anticulturais e antissociais nos homens. A luta que se iniciou entre homens e civilização tomou maiores proporções, exatamente quando Freud declara que “a luta foi travada contra o homem isolado e livre”.

A partir de então, nasceu a civilização, que é o mesmo que: comunidade, onde duas ou mais famílias precisam viver de acordo com as regras locais, entendendo sempre que a mesma é para o bem de todos. Existem muitos tópicos que salientam as opiniões contrárias de Freud.

Apesar de fazer extremo sentido, as obras possuem uma ilusão peculiar. Em algumas outras obras, o autor declara suas opiniões sobre a civilização e nos faz avistar uma descrença por parte de si, indicando que por mais esforçada que uma sociedade possa ser, sempre haverá indivíduos associais.

Outros típicos tópicos, indicam também a importância da religião diante uma comunidade. Bem como a notável presença da violência e outros fatores destrutivos. Ao finalizar sua obra, o autor então deixa perguntas que certamente são valiosas, mas que o mesmo as referia com tom pessimista.

▬ Haveria uma patologia das comunidades?

▬ Elas se tornariam neuróticas?

▬ Até que ponto o desenvolvimento cultural conseguirá dominar a pulsão de morte?