Passou-se o tempo em que se acreditava que os animais eram simples seres irracionais, desprovidos de inteligência e organização. Estudos da academia revelam o quão ignorantes somos ao acreditar nessas idéias preconceituosas.
A cada novo estudo, os animais tornam-se mais intrigantes aos pesquisadores. Ironicamente, cada um deles possui uma “personalidade“, um modo de ser e suas vontades. O comportamento dos indivíduos é também afetado pelo meio e pelos acontecimentos a sua volta. As reações são diferentes e as atitudes também.
Existem muitas espécies de animais que se assemelham mais ainda conosco. São animais que vivem em grupos ou sociedades que possui divisões de trabalho, cargos, funções e dispõe também de ritos culturais.
Esses animais utilizam complexos sistemas de linguagem para se comunicar e exercer determinadas funções e obrigações nos grupos. A divisão de trabalhos e funções distribuídas onde todo o grupo é beneficiado denomina-se Sociedade. Ex: Abelhas e formigas.
Existem outros tipos de grupos de animais com outras estruturas. As Colônias caracterizam os grupos de animais que só conseguem sobreviver em grupo. Suas funções são tão interligadas e necessárias que um só indivíduo não é capaz de sobreviver só. Ex: Coral cérebro.
Os grupos também podem ocorrer com animais de espécies diferentes que se ajudam numa relação de Mutualismo. Essa relação acontece quando um animal está interligado ao outro de forma que um produz algo de positivo para o outro e isso lhes garante a sobrevivência. Os dois lados são beneficiados. Ex: Microorganismos do sistema digestivo humano, abelhas e flores.
A extinção no Brasil vem ocorrendo gradativamente durante vários anos passados. Embora o problema se torne cada dia mais frequente, e isso venha denegrindo a natureza de forma geral, não parece ser suficiente para que algumas pessoas se conscientizem e acabe com o tráfico de animais, uma das maiores causas do problema.
Animais em extinção
Cuíca-de-colete –
Seu comportamento é muito parecido com o do bicho preguiça. Esse animalzinho passa cerca de 70% do seu tempo em repouso, descansando e existem poucas atividades em que ele é ativo. Está sendo extinto a cada ano que passa, devido a prática de caçadores. Existem várias cores da mesma espécie, mais encontrados em dois estados brasileiros: Maranhão e Ceará.
Baleia Azul –
O primeiro motivo para a extinção da baleia azul, é devido ao seu tamanho. Está classificada como o maior animal existente em todo planeta. A contagem está para cerca de 25 a 30 m de comprimento, as fêmeas geralmente são bem maiores que os machos. Por ser um dos maiores animais existentes, é muito caçada. E ainda não há registros de onde se reproduzem.
Mico Leão Preto –
O motivo pelo qual vem sendo extinto é a mudança repentina de habitat. Sua casa está localizada na Mata Atlântica, mas muitas vezes é retirado de seu lar e vendido por traficantes de animais. A mudança de habitat faz com que eles adoeçam e acabem morrendo no meio do trajeto. Muitos outros, saem de seu habitat devido o desmatamento mais frequente a cada ano.
Bugio-marrom –
Também vivendo na Mata Atlântica, a sua extinção vem ocorrendo devido o desmatamento que vem tomando conta de todo o ambiente. Muitos caçadores também o capturam para vendê-los a países estrangeiros, fazendo-os servir de enfeites. É também um animal vendido como bicho de estimação, a prática vem acabando com essa raça.
Rato do mato –
Há apenas três estados onde é possível encontrar o rato do mato. Em São Paulo, Paraná e também no Rio Grande do Sul, eles são pequenos ratos que se alimentam de frutos, folhas e vegetais das mais diversas formas. Também é um morador de florestas que vem sendo desmatadas a cada dia, pode ser extinto nos próximos anos.
Lambari –
Um dos lugares onde você certamente encontrá esse tipo de peixe, são nas águas do Rio Iguaçu, situadas no estado do Paraná. Seu tamanho está calculado entre 10 e 15cm. Seu corpo é muito bonito e de multicor. Nos últimos anos, muitas barragens estão sendo construídas no Rio Iguaçu, essa prática faz com que eles percam seu habitat e consequentemente fiquem extintos.
Cação bico-doce –
Essa espécie de tubarão, é muito conhecido por ter uma nadadeira menor que a outra. Seus dentes tem formato de serrilha, a cor cinza é bastante viva e bonita. Apesar de ter uma vida longa, até mais ou menos os 33 anos de idade, sua cota está sendo interrompida devido a degradação do seu habitat. Também é muito caçado para ser vendido, o óleo e a carne extraídos.
Arara azul –
Dentre todos os animais extintos encontrados no Brasil, certamente a Arara azul é um dos mais bonitos. Devido a sua beleza, vem sendo cada vez mais caçada para ser vendido a outros países. São escolhidas principalmente para serem animais de estimação. Outro motivo de sua extinção é a falta do coco palmeira licuri, seu principal alimento.
Pato mergulhão –
Dos problemas brasileiros relacionados a extinção, o pato mergulhão é um dos mais urgentes. Algumas pesquisas mostram que existem menos de 250 aves vivas. A falta de águas limpas e de boa qualidade de vida, vem sendo os principais motivos de sua extinção. A poluição vem tomando conta de seu habitat natural.
Mico leão dourado –
Por ser um animal considerado “fofinho” vem sendo extinto devido a caça e venda de seus filhotes. Geralmente são vendidos como animais de estimação, sendo retirados de seu habitat, não se reproduzem e consequentemente isso se torna um problema, fazendo que os mesmos sejam extintos a cada ano.
Mutum do Nordeste –
O Mutum do Nordeste vem sendo extinto devido a degradação do seu habitat, o desmatamento vem expulsando esse animal do seu lar de maneira catastrófica. Por não conseguirem sobreviver em outro ambiente, acabam adoecendo ou até mesmo morrendo de fome.
Onça parda –
Também chamada de Suçuarana, sua coloração está puxada para o vermelho. Isso a deixa completamente linda e atrativa aos olhos. Esse é um dos motivos por estar se extinguindo, por ser muito caçada com o intuito de ser aprisionada em zoológicos e outras exposições. Por serem retiradas de seu habitat, não se reproduzem ou simplesmente morrem melancolias por estar longe de casa.
Peixe boi marinho –
De todos os animais aquáticos, esse é o mais ameaçado de extinção. Medindo cerca de até 4 metros de comprimento, pesando cerca de 300 quilos. O maior motivo por estar se extinguindo é o fato de não existirem mais águas limpas o suficiente para que possam viver e se reproduzirem. A poluição vem acabando com sua espécie.
Pica pau cara amarela –
Medindo cerca de apenas 25cm, essa pequena ave está localizada na Amazônia. Para reconhecer o macho é muito simples, basta observar uma faixa vermelha localizada na cabeça. Também vem sendo extinta devido a degradação do seu habitat natural e também devido ao tráfico de animais.
Como preservar?
Muitas pessoas ficam sem saber o que realmente é possível fazer para que não haja a extinção de nenhum desses animais, com toda certeza há algo que podemos fazer para ajudar a preservar os espaços ambientais. Primeiramente não compre em hipótese alguma animais que não sejam de estimação.
Evite também a compra de madeiras ilegais, não jogue lixo na rua, e evite qualquer poluição. O lixo que jogamos na rua, pode tomar um caminho até o mar aberto e afetar muitos animais aquáticos e também alguns rios, que são fonte de vida de muitas espécies. Por isso é tão importante que você evite todo tipo de poluição e compra indevida de animais.
Uma das espécies de primata endêmica do Brasil está mantida há muito tempo na lista de risco para extinção, é o popular mico-leão-dourado, um mamífero da classe Mammalia, pertencente a ordem dos primates, família esta dos Callithricidae.O animal também é conhecido como sagüi-piranga, sauí vermelho, sauí, sagüi, mico e etc, dependendo da localização em que se encontra.
Habitante de florestas, o mico-leão-dourado, possui como habitat original a Mata Atlântica onde pode conviver entre cipós e bromélias. Por ser onívoro, se alimenta praticamente de frutos, vegetais, ovos e pequenos vertebrados, insetos e anfíbios. Utiliza suas habilidades de se equilibrar com facilidade nos galhos das árvores, para encontrar facilmente sua comida, isso no período diurno, uma vez que o mesmo não possua hábitos noturnos.
O mamífero vive em grupos de famílias, formados em média por 6 a 8 indivíduos, mas esse número pode variar até 14 indivíduos. Cada grupo chega a utilizar uma área de aproximadamente 100ha, onde fazem a total defesa contra outros grupos. Apesar disso o mico-leão-dourado é um animal monógamo, ou seja, não compartilha relações com outras fêmeas, uma vez formado o casal, mantém-se fiel.
O animal pode viver em média até os 15 anos de idade, sendo que a sua maturidade é identificada aos 18 meses no caso da fêmea e aos 24 meses para os machos. A época em que mais se tem uma reprodução ativa está entre os meses de setembro e março, quando a fêmea poderá gerar durante 125 ou 132 dias um a 3 filhotes por vez, com kg equivalente a 60g.
O recém-nascido somente passa cerca de quatro dias pendurado ao ventre materno, logo em seguida o pai é o responsável por carregá-lo, cuidar de sua limpeza, penteá-lo e etc. A mãe se aproxima apenas para fazer a amamentação do mesmo, durante uns quinze minutos. Mesmo assim a presença do pai é imprescindível, pois o filhote não consegue ficar muito tempo distante dele.
As maiores causas da extinção do mico-leão-dourado está na atividade criminosa do tráfico de animais, juntamente com a destruição do seu habitat. A rara espécie chama a atenção dos traficantes por causa de sua pelagem cor de fogo e da juba que possui em torno da cabeça. Seus pelos são sedosos brilhosos, principalmente quando estão expostos ao sol.
Nos dias atuais, o único local que há preservação do mico-leão-dourado é a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Município de Silva Jardim, estado do Rio de Janeiro. A reserva já possui cerca de 2mil espécies de mico-leão-dourado que foram sendo criados em cativeiro ao longo dos 34 anos de fundação. No site oficial da reserva é possível encontrar todas as informações sobre a preservação, via e hábitos do mico-leão-dourado – http://www.pocodasantas.com.br.
A água-viva é um animal marinho que apesar de ser bastante belo, também é muito perigoso. Existente nos mares por cerca de 650 milhões de anos, variam imensamente de tamanhos, existem milhares de espécies diferentes de 2 cm até 2 metros de diâmetro, contendo tentáculos de até 40 metros de comprimento.
O animal marinho vive em águas claras e quentes, com ou sem muita profundidade. Para se locomoverem utilizam um tipo de jato d’água, dependendo das correntezas, podendo nadar contra as mesmas. Seu corpo é composto por cerca de 98% de água, por isso, ao ficar fora da água na paria por exemplo, desaparece à medida que a água se evaporar.
A maioria das águas-vivas são transparentes e possuem um formato de um sino, ou simetria radial, os membros se expandem partindo de um ponto central para os raios de uma roda em partes iguais. Não possui cérebro, coração, nem ossos, se orientam através de nervos sensoriais, os quais ajudam para detectar odores, ver luz e se orientar em geral.
Tipos de águas-vivas mais comuns:
Medusa – vive cerca de três a seis meses, se alimenta de outros animais como os crustáceos, porém, as menores consomem algas e plânctons minúsculos, chamados zooplânctons, através da infiltração.
Caravela Portuguesa – sifonóforo é um membro do mesmo filo da água-viva, Cnidários, possui esse nome porque utiliza o vento para se mover. Sua fisgada pode ser muito dolorosa e até mesmo fatais.
Ofélia – pequenas, incolores e transparentes, sendo um conjunto de pólipos com funções variadas.
Hydra – pequeno pólipo verde é mais frequente em água doce, se movimenta frequentemente por cambalhotas.
Physalia – tem formato de bexiga alongada azulada, seus tentáculos podem atingir diferentes comprimentos. Preferem flutuar de forma livre embaladas pelas ondas, bastante comum nos litorais.
Os riscos de contato com as águas-vivas são muito graves, há espécies que não provocam tantos danos, em contrapartida existem outras que causam problemas enormes. A sensação inicial é de que a pele está sendo queimada, por causa das células urtificantes com veneno.
O veneno de algumas espécies podem causar paralisia em presas menores, em seres humanos pode proporcionar formicação, descamação da pele, bolhas, erupções, e problemas ainda maiores como calafrios, febre, indisposição, diarreias, dores abdominais e mal-estar em geral.