10 dúvidas de português para nunca mais errar

Erros de português

1 -Vêm/Têm

Os verbos “ter” e “vir” devem ser acentuados quando estiverem na 3ª pessoa do plural: “Eles sempre vêm de táxi, porque eles não têm carro”.

2- Em vez de/Ao invés de

Para indicar apenas uma coisa no lugar de outra, usa-se “em vez de”. Para mostrar opostos: “ao invés de”, como no exemplo: “Ao invés de ser o primeiro, ele foi o último”

3- Onde/Aonde

“Onde” é o lugar em que alguém ou alguma coisa está. “Aonde” está relacionado a movimento. Por isso, quem vai, vai a algum lugar: “vai aonde”.

4- Demais/De mais

Na maior parte dos casos, emprega-se o advérbio “demais”, que significa excessivamente, muito. Já a locução “de mais” é comparável à expressão “a mais”, como em “nem sal de mais, nem de menos”. “De mais” também é associada a estranheza: “Não vejo nada de mais naquilo”.

5- Em princípio/A princípio

“Em princípio” assemelha-se a “em tese”. “A princípio” é como “no início”.

6- Uso do hífen

O prefixo terminado por vogal é separado por hífen se a palavra seguinte começar com a mesma vogal ou H. Caso contrário, sem hífen. Exemplos: autoescola, micro-ondas, semianalfabeto, autoestima.

7- Tachar/Taxar

“Tachar” significa “denominar, chamar de, considerar”. Já “taxar” é impor uma taxa ou imposto. Portanto, contextos diferentes.

8- Através de/Por meio de

Expressões com significados distintos. “Através de” expressa a ideia de atravessar, indica um movimento físico. “Por meio de” é semelhante a “por intermédio de” e se relaciona a “instrumento para a realização de algo”. Portanto, ao começar um e-mail, por exemplo, o correto é “Venho por meio deste”, e não “Venho através deste”.

9- Vírgula entre sentenças

Quando as duas frases possuírem sujeitos diferentes, usa-se a vírgula antes da conjunção e.

Errado: A mãe demorou para chegar e o filho ficou desesperado.

Certo: A mãe demorou para chegar, e o filho ficou desesperado.

10- Eu/Mim

O pronome reto “eu” é utilizado apenas na posição de sujeito do verbo. Nas demais situações, usa-se o pronome oblíquo “mim”.

Errado: Não há mais nada entre eu e você.

Certo: Não há mais nada entre mim e você.

Veja como realizar as considerações finais de um trabalho

Os trabalhos escolares precisam de uma estrutura.

A dissertação é um tipo de redação onde o autor irá expor ideias para defender determinado ponto de vista a respeito de um assunto. Para isso ele parte de um argumento que seja bem estruturado de modo a chegar a uma conclusão. A dissertação é divida em três partes distintas: introdução, desenvolvimento e conclusão.

A introdução é a abertura do texto, sendo assim a parte responsável por apresentar a ideia inicial sobre a qual o texto irá tratar, deve conter muita clareza, pois envolverá o problema que será discutido. A recomendação é que sua exposição seja em apenas um parágrafo.

O corpo do texto é chamado de desenvolvimento, local onde os argumentos são posicionados. O argumento utilizado pode se classificar de diferentes forma: de autoridade, por ilustração, do pensamento lógico, de prova concreta e de competência linguística.

A conclusão é a parte que deverá conter uma síntese de tudo aquilo que já foi abordado no trabalho, não apenas fazendo uma relação com as ideias apresentadas dentro do texto, mas fazendo um fechamento sobre o assunto tratado.

Nessa parte é possível até mesmo fazer comentários tomando certo partido sobre tais ideias, conceitos e situações, sendo assim o único momento em que o eu lírico poderá dar sua opinião.

Muitas pessoas tem dificuldade sobre como iniciar a conclusão, confira então alguns trechos de frases que você pode estar utilizando para iniciar a parte final do seu trabalho:

Os trabalhos escolares precisam de uma estrutura.
Trabalho escolar.
(Foto: Reprodução)

  • Desta forma percebemos que..
  • Em virtude dos fatos mencionados…
  • Por isso tudo…
  • Notamos assim que..
  • Levando-se em consideração esses aspectos…
  • Dessa forma…
  • Em virtude dos fatos apresentados…
  • Em vista dos argumentos apresentados…
  • Dado o exposto…
  • Tendo em vista os aspectos observados…
  • Levando-se em conta o que foi observado…
  • Em virtude do que foi mencionado…
  • Por todos esses aspectos…
  • Pela observação dos aspectos analisados…

O principal defeito que carregam algumas conclusões acontece quando o autor não consegue finalizar e fechar a ideia com a qual até então estava trabalhando. Nesta parte deve-se também evitar utilizar expressões como “em resumo”, “concluindo” e “terminando”.

Par facilitar a estruturação da sua conclusão faça um breve resumo de todos os pontos que até então foram abordados no texto. Você deve lembrar o leitor do que ele veio lendo, para isso utilize sentenças semelhantes as que já foram utilizadas para expor a ideia central de cada parágrafo do texto.

Não se esqueça de fechar o seu trabalho com lógica, ou seja, ele não deve conter diversos lados de uma questão, o seu argumento deve ser preciso e para isso não é necessário abordar detalhes a respeito do assunto.

Quando utilizar a crase?

A língua portuguesa precisa ser estudada com calma.

A palavra crase vem do grego “krasis” que significa fusão ou junção. A crase portanto aparece justamente quando se unem duas vogais que são idênticas, para não repetir a letra essa união é simbolizada com a acentuação. No português a crase é assinalada com o sinal grave ( ` ). Confira a seguir as situações em que pode aparecer:

1. Preposição ‘a’ mais os artigos definidos ‘a’ e ‘as’, exemplo:

– Investimento na educação é uma medida essencial às políticas públicas.

Neste caso é fundamental que se considere ao utilizar a crase noções de termo regente e regido quanto a utilização ou não da preposição.

2. Preposição ‘a’ mais com os pronomes demonstrativos aquele/aqueles, aquela/aquelas e aquilo, exemplo:

– Dirija-se àquelas moças com mais respeito.

3. Preposição ‘a’ mais os pronomes demonstrativos ‘a’ e ‘as’, exemplo:

A língua portuguesa precisa ser estudada com calma.
Estudos.
(Foto: Reprodução)

– A felicidade em demasia exerce influência positiva à questão do estresse.

Uma dica importante para saber se deve ou não utilizar a crase é substituir o substantivo feminino por um masculino, caso se encaixe o uso do ‘ao‘ então  significa que se deve utilizar a crase, exemplo:

– Eu vou a sala.
– Eu vou ao Salão.
– O correto então é: Eu vou à sala.

Obrigatoriamente a crase deve ser empregada em expressões que indicam hora ou tempo, a exemplo de locuções como ‘à medida que’, ‘às vezes’ e ‘à noite’:

– À medida em que você fica comigo nesses dias eu me sinto mais segura.

A crase não é aceita antes de pronomes em geral, com exceção para alguns de tratamento, como senhora, senhorita e dina, exemplo:

– Dirijo-me à senhorita.

Também é fundamental se lembrar que a crase não é utilizada em determinadas situações, como antes de palavras masculinas, verbos, pronomes pessoais e nomes de cidade que não utilizam artigos femininos, exemplo:

– Estou disposta a falar.
– Cheguei a Curitiba.
– Caminhava a passos lentos.

As palavras terra e casa também são casos especiais onde não se deve usar a crase, a não ser se antes da palavra ‘a’ tiver um modificador.

Deve-se tomar cuidado para não confundir em expressões que indicam tempo a grafia do ‘a’ enquanto preposição com a do ‘há’ que vem do verbo haver, para isso lembre-se que o ‘a’ indica um tempo futuro e o ‘há’ indica tempo passado, exemplo:

– Daqui a pouco eu chego na sua casa.
– Há muito tempo não sei o que é diversão.

Agora que você conhece as situações em que se deve e não deve aplicar a crase tenha bastante cuidado ao aplicar tais regras ao seu cotidiano, uma vez que a linguagem bem elaborada é essencial para uma boa comunicação.

Entendimento das vogais na língua portuguesa

A língua portuguesa é uma das mais ricas, até por isso se apresenta como um dos idiomas mais difíceis do mundo. Naturalmente possui suas peculiaridades, fazendo com que haja um formato adequado para suas vogais diferentes e também de acordo com a escrita.

Vamos conhecer alguns tipos de vogais:

Vogais orais

  • Frontal
  • Central
  • Posterior

Em formatos:

  • Fechada
  • Semi-fechada
  • Semi-aberta
  • Aberta

Bons exemplos de vogais que se encaixam nesse perfil:

As vogais compõem a língua portuguesa.
Vogais.

  • i ou i
  • e ou ê
  • ε ou é
  • a ou á
  • ∀ou â
  • u ou u
  • o ou ô
  • ⊃ ou ó

Através da representação da TBB (transcrição biunívoca brasileira), existem as barras e outro tipo também conhecido de representação que se caracteriza por IPA (international phonetic association).

Vogais nasais

  • Frontal
  • Central
  • Posterior

Em formatos:

  • Fechada
  • Semi-fechada
  • Semi-aberta
  • Aberta

Bons exemplos de vogais que se encaixam nesse perfil:

  • i com ~
  • e com ~
  • ã
  • u com ~
  • õ

As vogais são representadas na língua portuguesa conforme descrito acima.

Você sabe o que é uma vogal?

Sempre que falamos de vogais estamos nos referindo a uma letra do alfabeto que faz a junção de palavras. Elas são responsáveis por ordenar as palavras e criar textos, artigos e tantos outros tipos de escrita em língua portuguesa. Essenciais para o aprendizado de todos os alfabetizados.

Elas se apresentam em posições diferentes, usando principalmente símbolos cardiais do IPA. Entendendo dessa forma que não há correspondência entre vogais brasileiras e cardeais. Da forma como colocadas, dá para entender que esse artifício é capaz de nos mostrar vogais que se localizam no trapézio vocálico.

Lembrando também que os foneticistas são os responsáveis por essas ordenações, também com relação a um posicionamento apurado e consequentemente uma descrição correta de nossas vogais.

Formas de tratamento para prefeito

Cada forma de tratamento deve ser de acordo com a posição da autoridade.

Os pronomes de tratamento são basicamente, a forma como tratamos ou nos direcionamos a uma determinada pessoa. Os pronomes dependem exclusivamente do cargo ou função prevista de ocupação para aquele que for destinatário. O vocativo a ser empregado dependerá exclusivamente desse ponto.

Emprego dos pronomes

Quando utilizar Vossa Excelência?

Tal pronome de tratamento só deve ser utilizado a cargos disponibilizados nos setores de Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Entram como representantes de tais setores todos os profissionais que estejam nos seguintes cargos:

  • Presidente de República
  • Vice-Presidente da República
  • Ministros
  • Secretários-Executivos dos Ministérios
  • Governadores
  • Vice-Governadores
  • Prefeitos
  • Secretários de Estado e ocupantes de cargos de natureza especial
  • Embaixadores
  • Oficiais-Generais
  • Ministro do Tribunal de Contas da União
  • Deputados
  • Senadores
  • Conselheiros dos Tribunais de Contas
  • Presidentes das Câmaras Legislativas
  • Ministros dos Tribunais Superiores
  • Membros de Tribunais
  • Juízes
  • Auditores da Justiça Militar

Quando utilizar Vossa Senhoria?

Cada forma de tratamento deve ser de acordo com a posição da autoridade.
Pronome de tratamento (Foto: Reprodução)

Todas as demais autoridades são empregadas a “Vossa Senhoria”. Também utilizado para particularidades. Lembrando também que nesse caso o “Senhor” vem sempre à frente, como por exemplo:

– Senhor Reitor.

Quando utilizar Vossa Magnificência?

Empregados exclusivamente em cargos estabelecidos por força de tradição. Para empregar é necessário utilizar “Magnífico”  à frente, como por exemplo:

– Magnífica Reitora.

Em todo caso a relação de referência a pessoas de nível elevado de poder, é sempre proveitoso se referir com decência e respeitando os pronomes de tratamento. Já que, estabelecido por lei, autoridades são extremamente merecedoras de alto padrão de direção.

Em reuniões oficiais, não é permitido que seja dirigido a palavra de forma inadequada. Dando ênfase sempre a honra de merecimento do cargo que determinada pessoa exerce. Os pronomes de tratamento são parte do ensino fundamental em todas as escolas.