Variações linguísticas regionais exemplos de palavras

As variações linguísticas são comuns.

Quando viajamos muito e frequentamos os diferentes tipos de regiões no Brasil nos deparamos com as variações linguísticas regionais. Mas… O quê é isso? Muito simples. Quando você vai à São Paulo, escuta alguém dizer:

“Nossa, o sanduíche dessa lanchonete é melhor.”

Agora, quando você vai ao interior de Minas, é possível que escute:

“Nó, o sanduíche dessa lanchonete é mió (ou mior).”

Está errado? Claro que não. Só estamos tratando de regionalismo, uma forma diferente de proferir a mesma frase, mas com o mesmo intuito e significado. Tudo isso está incluso na cultura regional e não necessariamente na gramática ensinada na escola.

Embora pronunciar tal palavra não esteja “errado” ou “incorreto” (isso por causa do regionalismo), ainda é preciso ter observância quando o assunto for escrita. Mesmo que você fale “mior”, é indispensável que a palavra seja escrita de forma correta, impedindo o erro no português.

Um escritor famoso, denotou tal linguística de forma bem peculiar em seu poema:

“Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados”

Oswald de Andrade

O vício da fala é uma variação linguística que pode mudar de acordo com o local onde reside e esteve durante toda sua vida. Há também as variações linguísticas que se encaixam a forma dita como por exemplo: Antigamente, as moças eram chamadas de “mademoiseilles”, hoje ouvimos “minas” por aí.

Essa também pode ser categorizada como uma variação linguística, dessa forma nós podemos entender o quanto a língua é dinâmica. As transformações sofridas podem ocorrer devido aos anos e a cultura local de um lugar. Sofrendo alterações devido a fatores advindos da sociedade.

Essas variações podem ser classificadas, perceba abaixo como.

As variações linguísticas são comuns.
Variações linguísticas (Foto: Reprodução)

Variação histórica – A variação histórica é o tipo de mudança sofrida ao longo dos anos. Um bom exemplo é a forma como eram posicionadas as palavras em 1920 e como é hoje, nos anos 2000. A palavra “vosmecê” fora trocada por “você”, uma palavra com variação linguística devido ao tempo.

Variação regional – A regional consiste na forma como se é dita uma palavra. Elas também podem ser chamadas de dialeto e geralmente são expostas devido a cultura local. Se encaixam perfeitamente nos exemplos citados acima e no poema indicado de Oswald de Andrade.

Variação social – Já a variação social é aquela que está impressa somente em alguns tipos específicos de pessoas. Os jovens, por exemplo, são os que mais possuem variação linguística social, as gírias são suas principais variações e em alguns grupos mais fortes como no caso dos surfistas, tatuadores, entre outros, mais acentuadas.

O “vício da fala” não chega a ser um erro, mas pode muito atrapalhar quem está em uma entrevista de emprego, por exemplo. É interessante que você reverta sempre o incorreto, no intuito de chegar a uma forma “politicamente correta” de se expressar linguisticamente. Evitando problemas sociais e até a imagem de “não alfabetizado”.

Como foi inventado o primeiro relógio?

Imagem ilustrativa dos mecanismos dos relógios.

Como foi inventado o primeiro relógio?

A invenção do relógio ocorreu muito tempo depois da “medição do tempo” feita pelos nossos antepassados. A necessidade de controlar o tempo, foi o principal motivo para chegar a “construção” de um apetrecho que pudesse nos informar o horário certo, ainda que o Sol fosse o primeiro meio de chegar ao exato horário.

A primeira invenção que envolvia o relógio mecânico ocorreu por volta do século XIV, embora a divisão do dia marcado por 24 horas já existisse há muito tempo. Estima-se que essa forma de divisão fora criada a 5000 anos antes de Cristo, na Babilônia. O que realmente proporcionou a exatidão sobre as horas fora o ponto do meio dia que apontava perfeitamente ao Sol localizado ao centro do céu.

Os primeiros a se intrigar com os fenômenos solares foram os babilônios que chegaram a uma conclusão: quando a estrela (Sol) aponta no pino do céu e um horário mediano, enquanto nos outros horários ela apresenta consideradas sombras devido a luz. Então deram nome ao momento, o que hoje chamamos de meio-dia. A divisão foi facilitada em seguida, fazendo com que o dia tivesse dois pontos: Meio Dia e Seis da Tarde. O primeiro relógio inventado foi o relógio do Sol.

Imagem ilustrativa dos mecanismos dos relógios.
Mecanismo dos relógios (Foto: Reprodução)

Já o relógio mecânico só ganhou vida há muitos séculos, no século XIV. Contudo ele ainda não haveria de ganhar fama como ocorreu 4 séculos a frente, quando finalmente passou a ser um acessório indispensável à humanidade. Os primeiros modelos foram gerados através de engrenagens que se conectavam especialmente a uma sucessão de peças pequenas.

Muitas versões foram necessárias até que chegasse então ao relógio convencional. Não houve, portanto, um inventor em específico, mas sim pessoas que contribuíram para a inovação e sofisticação, transformando o relógio em aparelhos e/ou acessórios. O primeiro relógio com ponteiros apareceu em Milão no ano de 1335, contudo ele possuía apenas um ponteiro que marcava e dividia as horas. Anos depois é que fora inventado o relógio com dois ponteiros.

A primeira construção de relógio que se tem registro foi a de Christian Huygens em meados de 1656. Contudo, o sucesso não durou muito tempo quando perceberam que os relógios não funcionavam quando se encontravam a bordo de um navio. Tudo isso devido ao balanço excessivo do mar. Algum tempo depois, em 1676 um homem chamado William Clement foi responsável pela construção de um relógio no qual podia colocar dentro de casa.

Os suíços então resolveram inovar ainda mais, criando os relógios de bolso e por fim um brasileiro, Santos Dumont também contribuiu ao inventar o relógio de pulso. Isso porque ele não podia utilizar as mãos para ver a hora durante o voo, resolvendo então fazer uma adaptação dos relógios de bolso aos de pulso. Hoje em dia, nós temos acesso a hora em todos os lugares, tanto em letreiros na rua quanto na tela do celular.

É válido ressaltar que os relógios não foram exclusivamente inventados por uma pessoa em si, mas por uma sucessão de aperfeiçoamentos que teve ao longo dos anos. Nos dias atuais, ninguém mais vive sem horas, até porque é o tempo que nos controla.