Economia do ouro no Brasil

Quando o Brasil mantinha-se colônia, propriamente no fim do século XVII, o país sofreu uma queda da produção açúcar, entrando posteriormente em uma séria crise devido o enorme desempenho dos engenhos nas outras colônias – francesas, holandesas e inglesas da América Central. Por causa dessa má fase, os governantes da Coroa estimularam seus funcionários e outros habitantes, a explorar as terras ainda desconhecidas em busca de pedras preciosas e de ouro, mas isso era uma forma de manter a cobrança dos impostos já determinados.

Extração de ouro
Ciclo do ouro Brasil

Sendo assim, iniciou-se a história de extração e exportação do ouro no Brasil que acabou dominando de forma dinâmica econômica da colônia. Porém os primeiros exploradores que procuraram ouro nas excursões pioneiras do litoral e interior do país não conseguiram muitos resultados. A grande descoberta se deu nas lavras de ouro nas Minas Gerais, nos finais do extração e exportação e início do século XVIII, logo seguiam para Jacobina e no Rio das Contas na Bahia onde também haviam muitos achados, as grandes extrações no sertão de Guaiás em Goiás e em Forquilha e Sutil no estado do Mato Grosso.

A mineração alavancou a economia do Brasil, trazendo prosperidade e riquezas a diversas famílias. Além disso provocou uma mudança de eixo social da colônia sendo no litoral se deslocando para o interior e motivou a importante mudança da capital Salvador para o estado do Rio de Janeiro, mesmo porque a região tinha maior acesso às regiões mineradoras.

Como já existia cobrança de impostos, com a descoberta de ouro e haviam grande extração do minério, a Coroa impusera o imposto do Quinto logo no início das explorações, onde fazia a exigência de que um quinto de tudo que fosse extraído seria seu por direito. Ainda completou a carga tributária agregando mais impostos o que resultou em fortes insatisfações, uma das principais foi a “Inconfidência Mineira.”

Brasil colônia
Extração de ouro

Outro impasse era “a derrama”, somente a Capitania de Minas Gerais era determinado o envio de 1500kg de ouro para Portugal por ano, do contrário, poderia sofrer uma derrama, o que significava ser acometido por um rateio na diferença entre as comarcas, ou seja, podia acontecer de homens bons serem retirados à força através do confisco dos bens.

O ciclo do ouro durou até o fim do século XVIII, quando as regiões exploradas já tinham suas minas quase esgotadas. Propriamente no período em que se encontra o ano de 1785, época esta em que ocorreu a importante a Revolução Industrial, na Inglaterra.

Esse declínio ocorreu porque à medida que os depósitos aluvionais se esgotavam, era necessário passar para a exploração das rochas matrizes que eram muito mais duras e necessitava de uma tecnologia adequada para extraí-las. Como não houve aperfeiçoamento, e a Coroa só se importava com o imposto, a atividade entrou em decadência selando o destino das minas brasileiras.

POESIA DO SECULO XIX

As poesias do seculo XIX são conhecidas por trazerem algumas características marcantes como o subjetivismo, a alto piedade, com temas que levantavam assuntos populares e os seus valores, sentimentos como paixão, fé, emoção, estado da alma entre outros temas da época.

Os altores que ficaram marcados entre as poesias do seculo XIX foram Victor Hugo, Gonçalves Dias Araújo, Álvares de Azevedo, Gonçalves de Magalhães, Casimiro de Abreu, Castro Alves entre outros nomes conhecidos até hoje.

Exemplos de poesias do seculo XIX.

Canção do Exílio

Gonçalves Dias

“Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar – sozinho, à noite –

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.”

Canção do Exílio

Casimiro de Abreu

“Eu nasci além dos mares:

Os meus lares,

Meus amores ficam lá!

– Onde canta nos retiros

Seus suspiros,

Suspiros o sabiá!

Oh! que céu, que terra aquela,

Rica e bela

Como o céu de claro anil!

Que seiva, que luz, que galas,

Não exalas,

Não exalas, meu Brasil!

Oh! que saudades tamanhas

Das montanhas,

Daqueles campos natais!

Daquele céu de safira

Que se mira,

Que se mira nos cristais!

Não amo a terra do exílio,

Sou bom filho,

Quero a pátria, o meu país,

Quero a terra das mangueiras

E as palmeiras,

E as palmeiras tão gentis!

Como a ave dos palmares

Pelos ares

Fugindo do caçador;

Eu vivo longe do ninho,

Sem carinho,

Sem carinho e sem amor!

Debalde eu olho e procuro…

Tudo escuro

Só vejo em roda de mim!

Falta a luz do lar paterno

Doce e terno,

Doce e terno para mim.

Distante do solo amado

– Desterrado –

A vida não é feliz.

Nessa eterna primavera

Quem me dera,

Quem me dera o meu país!”