Modelos de poesia social

Poeta

A poesia social foi uma forma de protesto durante muitos anos. Nos séculos passados, escrever era a arma contra uma sociedade determinista e completamente equivocada com relação aos direitos humanos. A poesia foi um grito de socorro aceitável enquanto a imposição de uma sociedade injusta era a única opção que restava.

Ela nasceu como uma espécie de contraposição ao movimento concretista, preestabelecendo o lirismo e atuando como denúncia social. Nesta matéria apresentaremos alguns modelos de inspiração para você. Acompanhe:

O TEMPO

  • “O tempo é o tempo                                         
  • Tempo que não possui tempo
  • Tempo em tempo que se transforma de
  • Tempos em tempos.
  • O tempo é o melhor remédio
  •  Remédio que o homem esqueceu de tomar há tempos.”

HERÓIS

Poeta
Poesia social. ( Foto:Reprodução) Crédito da imagem: http: //2.bp.blogspot.com
  • “Todo herói chora por detrás da máscara 
  • Todo herói é uma criança 
  • Todo herói também clama por esperança
  • Todo herói acredita que é possível salvar o mundo
  • Mas esquece de salvar a si mesmo.”

INDIGNAÇÃO

  • “Não cabe no poema o tamanho de minha nação
  • Também não cabe o preço da carne e do feijão
  • Mas cabe no poema tamanha indignação 
  • Ao ouvir dizer que em Hollywood todo mundo é feliz
  • aqui, não é não?”

ANIMAIS

  • “Porcos voam
  • Cães estão vigilantes
  • Carneiros são levados aos mirantes plácidos 
  • Contemplarão o último sol de verão 
  • Os porcos, os cães, todos entoam a mesma canção.”

SOCIAL

  • “Queres dizer adeus a ilusão
  • O ônibus sacoleja de dia e no meio da noite
  • Na calçada o pobre menino e sua peleja 
  • Entre lojas de flores e sapatos
  • Mercados fatigados dos mitos erguidos
  • Quem é Deus? O dono do mundo?
  • Ao peso dos impostos que sufoca
  • Só encontro outros donos do mundo.”

Poesia do século XIX

Poesia século XIX

A poesia do século XIX traz traços do antigo romantismo na literatura brasileira. Muitos autores que se consagraram nessa época, outros vieram a ter o reconhecimento somente após suas mortes. As primeiras manifestações que conhecemos foram feitas, exclusivamente, através de poemas e poesias. Baseia-se em suspiros de saudades, de Gonçalves de Magalhães, que é inteiramente poético.

O primeiro poeta que conhecemos é Gonçalves de Magalhães, ele foi um dos principais vertentes do período romântico no Brasil, em meados de 1836. Depois disso, outros autores, inspirados, começaram a apresentar seus trabalhos poéticos trazendo-os a tona á sociedade.   O que houve depois disso foi a originação de escolas literárias ou movimentos literários.

A poesia do século XIX foi dividida em três períodos. Os autores que se sucederam a partir de então, consagrando o tempo da literatura poética do século XIX. Contudo, o inspirador do mesmo, foi Gonçalves Magalhães que se consagrou até os dias de hoje com suas belíssimas poesias.

Gonçalves de Magalhães

Gonçalves de Magalhães viveu durante os anos de 1811 a 1882. Se formou em medicina, mas sua verdadeira paixão estava na escrita. Depois de sua formação, partiu para a Europa e exerceu uma função de diplomata, descobrindo ainda mais sobre a poesia e suas maravilhas.

Gonçalves de Magalhães foi o iniciador da poesia do século XIX
Gonçalves de Magalhães
(Foto: Divulgação)

Fundou em Paris a famosa revista brasiliense da época. Essa foi uma dos maiores marcos da iniciação da poesia no século XIX. O primeiro poema a ser divulgado foi Suspiros poéticos e saudades, no ano de 1836. Os primeiros temas foram destinados a saudade que o autor tinha de seu país e a religião.

Sua poesia era a lírica, voltada ao sentimentalismo. Também era possível ver traços de nacionalismo e religiosidade. Isso ganhou alguns críticos, contudo sua massa de fãs superou. Um pouco mais a frente, escreveu sobre a rebelião dos índios.

Gonçalves declarava que os índios eram verdadeiros guerreiros por querer obter o espaço de sua terra. A rebelião ocorreu entre os anos de 1554 e 1567. Nessa época viu-se em suas escritas o sentimento de amor patriótico que o autor empregava. Outros autores fizeram parte dessa mesma época.

Poesia literária do século

Estrellas

Singelas,

Luzeiros

Fagueiros,

Esplendidos orbes, que o mundo aclarais!

Desertos e mares, – florestas vivazes!

Montanhas audazes que o céo topetais!

Abysmos

Profundos!

Cavernas

Eternas!

Extensos,

Immensos

Espaços

Azues!

Altares e trhonos

Humildes e sabios, soberbos e grandes!

Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!

Só ella nos mostra da gloria o caminho,

Só ella nos falla das leis de – Jesus!

FAGUNDES VARELLA

Trechos – suspiros poéticos e saudade

Redobrando de força, qual redobra

A rapidez do corpo gravitante,

Vai discorrendo, e achando em seu arcanos

Novas respostas às razões ouvidas.

Mas a noilte declina, e branda aragem

Começa a refrescar. Do céu os lumes

Perdem a nitidez desfalecendo.

Assim já frouxo o Pensamento do índio,

Entre a vigília e o sono vagueando,

Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha,

 

Como imóvel na casa entorpecida,

Clausurada a crisálida recobra

Outra vida em silêncio, e desenvolve

Essas ligeiras asas com que um dia

Esvoaçará nos ares perfumados,

Onde enquanto reptil não se elevara;

Assim a alma, no sono concentrada,

Nesse mistério que chamamos sonho,

Preludiando a vista do futuro,

A póstuma visão preliba às vezes!

Faculdade divina, inexplicável

A quem só da matéria as leis conhece.

 

Ele sonha… Alto moço se lhe antolha

De belo e santo aspecto, parecido

Com uma imagem que vira atada a um tronco,

E de setas o corpo traspassado,

Num altar desse templo, onde estivera,

E que tanto na mente lhe ficara,

— “Vem!” lhe diz ele e ambos vão pelos ares.

Mais rápidos que o raio luminoso

Vibrado pelo sol no veloz giro,

E vão pousar no alcantilado monte,

Que curvado domina a Guanabara.

GONÇALVES DE MAGALHÃES

Autores século

 Adolfo Ferreira Caminha

▪ Álvares de Azevedo

▪ Casimiro José Marques de Abreu

 Castro Alves

 Cruz e Souza

 Gonçalves Dias

▪ José Martiniano de Alencar

 Júlio César Ribeiro Vaughan

▪ Junqueira Freire

 Lima Barreto

 Múcio Scevola Lopes Teixeira

 Raul d’Ávila Pompeia

 ▪ Visconde de Taunay

  Fagundes Varella

Todos esses fizeram parte de algum período da poesia no século XIX. Todos,em suas respectivas áreas, declamavam indignação, patriotismo e romantismo. As poesias de alguns ultrapassaram séculos e ainda hoje são estudadas em salas de aula, denotando esse importante período.

Poemas de bom dia romântico

Poemas

Os poemas são uma maneira de muitas pessoas se expressarem. No Brasil, temos grandes nomes da poesia que chegaram a ficar mundialmente famosos segundo seus sentimentos. Não existem regras claras e explícitas na hora de escrever um poema, é claro que sempre será necessário a ortografia correta.

Juntamente com ela, você precisa usar a criatividade e procurar fazer rimas coerentes. Mas isso não quer dizer, que todo poema deve ser escrito com rimas. Tudo dependerá exclusivamente do autor em si, se este é o seu desejo e afins. Para escrever um poema corretamente, será necessário usar sua imaginação e seus sentimentos.

Todos os pormenores burocráticos que ambientam um poema, só devem ser usados por aqueles que realmente querem seguir profissão da poesia. Nesse caso, também é necessário criar uma espécie de identidade. Com ela, você estará passando tudo aquilo que deseja e ainda seguir a linha de seus raciocínios.

poemas

Siga da seguinte forma:

  • Procure uma idéia
  • Ouça poesia
  • Leia poesia
  • Expresse algo nas palavras
  • Coloque seu sentimento ativo
  • Escolha palavras condizentes
  • Tenha uma linguagem simples e direta
  • Procure imagens e se inspire nelas
  • Releia sempre
  • Tenha uma conclusão sobre o mesmo
  • Peça alguém para lê-lo a você
  • Dê o seu poema a várias pessoas e escute a opinião delas

Modelos

01 “Ao dia que nasce agora

Prometo, amar-te

Prometo, esforçar-me

Prometo, esperar-te

Ao dia que nasce agora

Prometo não deixar-te

Prometo desejar-te

Um dia cheio de felicidades

Enquanto viver…”

02 “Bom dia a quem tanto amo

Bom dia a quem eu chamo

De bem querer

De meu encanto

De meu amor

De meu acalanto.”

03 “Tenho mil motivos pra dizer

Que meu coração precisa de você

E que os dias de verão

Só poderão demonstrar tamanha beleza

Se você estiver dentro do meu coração.”

04 “Quanto ao dia que nasce agora, 

Desejo que a aurora

Não nos deixe sem sua beleza

Quanto a você que é minha luz

Desejo que o que me conduz

Nunca deixe de ser seus olhos.”

05 “Sobre mais um dia levanto a vista

Que eu nunca desista

De encontrar o amor

Dentro do teu calor.”

06 “Bom dia a meu amor

Aquele que me encantou

Que me guardou

E que me tomou em seus braços

Bom dia ao meu anjo

Meu arcanjo

Meu céu e mar

A quem sempre vou amar.”

07 “Hoje eu acordei mais cedo

Hoje eu quis ver o Sol chegar

Olhei pro lado e vi você

Não consegui me conter

Fui aos céus agradecer

O prazer de amanhecer

Ao lado do meu bem querer”

08 “O meu desejo hoje pra você

É que o teu amor nunca acabe

Que o teu dia, nunca deixe de ser iluminado

O meu desejo é que o vento te beije

Quando eu estiver muito longe

Quando eu não puder o fazer

Desejo que os dias passem depressa

Que a noite chegue com pressa

Pra de novo, eu te ter.”

09 “Bom mesmo é acordar bem cedo

Te ver ao meu lado

Contemplar sua beleza

E poder te abraçar

Bom mesmo é fazer diferente

É te ver mostrar os dentes

Ao me ver suspirar

Quando a manhã logo chegar

Bom mesmo é me sentir assim

Feliz assim

Um homem completo

Por te ter ao lado.” 

10 “Tudo que a vida tem a me oferecer

Ainda é pouco

Comparado ao sorriso teu

Te amo bem mais que a mim

Te desejo um bom dia melhor que o meu

Te desejo sempre amor, maior que eu.” 

11 “Tudo de que eu preciso

Posso encontrar junto a ti

Tudo de que necessito

Está impresso em teus olhos

Bom dia.”

12 “Natural como a luz que vem mostrar o dia

É a tua beleza que evidencia

Toda a perfeição que se tornou minha vida

Desde o dia em que te conheci.”

13 “Lindo é te ver sorrir

De manhã ao meu lado

É poder gritar

O quanto a vida pode ser simples e bela

O quanto eu me sinto feliz

Realizado

Completo

Em perfeito estado

Graças ao seu efeito sobre mim.”

14 “Não consigo imaginar

O que a vida ainda tem pra me dar

Parece que ela já me deu tudo

Tudo que era necessário

Tudo que me faria completo outra vez…

VOCÊ!”

15 “Quero me casar com você

Ter lindos pedaços de nós

Correndo pela casa no domingo

Quero ser feliz do seu lado

Atestar as escolhas que fiz

E que o melhor da vida

Foi ter escolhido você

Bom dia meu amor.”

Qual a diferença entre poema e poesia

Uma coisa é certa: A grande maioria das pessoas gostam de ler um poema ao menos de vez em quando. Isso porque a linguagem poética alcança determinados sentimentos e efeitos que podem se transfigurar naquilo em que o leitor está passando enquanto lê os versos bem trabalhados da obra.

caneta

Além disso, o autor pode muito bem construir seu texto de forma com que a pessoa que o lê possa se colocar no lugar da personagem, experimentando o amor, a angústia, a solidão, o aconchego, a saudade, a dor, a vida e inúmeras outras experiências que a obra pode proporcionar.

A poesia trabalha com os sentidos e a mente. É a forma com que algo externo consegue unir duas partes tão importantes e tão distintas do corpo humano, de maneira rica, harmoniosa e consistente. Com certeza, uma categoria de arte que nunca será esquecida ou que nunca perderá seus encantos sobre as pessoas.

Poema e Poesia

Depois disso tudo você pode estar se perguntando: poema e poesia são a mesma coisa? Muitas pessoas utilizam um para traduzir o outro e isso não deixa de ser um pouco verdadeiro apesar de tudo. Porém, é importante saber claramente que um não pode representar o outro em sua totalidade.

Em tese, poema é o texto em si. A obra que o artista faz, contendo diversos elementos gramaticais e poesia. Isso mesmo, a poesia está dentro do poema e por isso se confunde tanto. O poema geralmente utiliza da sonoridade, das terminações de palavras, rimas, formatos, versos, estrofes e muitos outros.

A poesia é toda a linguagem que consegue transmitir o sentimento do belo a quem lê. São as palavras que unidas da maneira certa, conseguem transmitir a intenção do autor ao escrever o poema. Não só isso, a poesia pode ser encontrada tanto em poemas, como em tramas, textos, novelas, romances, entre outros gêneros.

POESIA DO SECULO XIX

As poesias do seculo XIX são conhecidas por trazerem algumas características marcantes como o subjetivismo, a alto piedade, com temas que levantavam assuntos populares e os seus valores, sentimentos como paixão, fé, emoção, estado da alma entre outros temas da época.

Os altores que ficaram marcados entre as poesias do seculo XIX foram Victor Hugo, Gonçalves Dias Araújo, Álvares de Azevedo, Gonçalves de Magalhães, Casimiro de Abreu, Castro Alves entre outros nomes conhecidos até hoje.

Exemplos de poesias do seculo XIX.

Canção do Exílio

Gonçalves Dias

“Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar – sozinho, à noite –

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.”

Canção do Exílio

Casimiro de Abreu

“Eu nasci além dos mares:

Os meus lares,

Meus amores ficam lá!

– Onde canta nos retiros

Seus suspiros,

Suspiros o sabiá!

Oh! que céu, que terra aquela,

Rica e bela

Como o céu de claro anil!

Que seiva, que luz, que galas,

Não exalas,

Não exalas, meu Brasil!

Oh! que saudades tamanhas

Das montanhas,

Daqueles campos natais!

Daquele céu de safira

Que se mira,

Que se mira nos cristais!

Não amo a terra do exílio,

Sou bom filho,

Quero a pátria, o meu país,

Quero a terra das mangueiras

E as palmeiras,

E as palmeiras tão gentis!

Como a ave dos palmares

Pelos ares

Fugindo do caçador;

Eu vivo longe do ninho,

Sem carinho,

Sem carinho e sem amor!

Debalde eu olho e procuro…

Tudo escuro

Só vejo em roda de mim!

Falta a luz do lar paterno

Doce e terno,

Doce e terno para mim.

Distante do solo amado

– Desterrado –

A vida não é feliz.

Nessa eterna primavera

Quem me dera,

Quem me dera o meu país!”